Autor: Lusa/AO online
"Estamos dispostos a estudar o assunto do reconhecimento da Catalunha, enquanto Estado independente, mas falar disso é prematuro", afirmou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros desta autoproclamada república, Kan Tania, à agência noticiosa oficial russa RIA Novosti.
O diplomata sublinhou que, para que a Catalunha seja considerada um Estado independente, ainda tem de cumprir uma série de requisitos legais, mas realçou o interesse da Abecásia em estabelecer relações com os líderes, os políticos e o povo catalão, no seu conjunto.
"Depois disso, se se dirigirem a nós com um pedido de reconhecimento, nós, bem entendido, estaremos dispostos a estudá-la", comentou.
A Abecásia conta desde 2014 com o seu próprio representante na Catalunha, se bem que não tenha um escritório de representação, como o que foi aberto esta semana também pela região separatista georgiana da Ossétia do Sul.
A Federação Russa reconheceu a independência da Ossétia do Sul e da Abecásia, depois de derrotar a Geórgia num breve, mas sangrento, conflito militar pelo controlo daquela região, em agosto de 2008, no que foi secundada pela Venezuela, Nicarágua e Nauru (ilha da Micronésia).
O parlamento catalão aprovou hoje uma moção a favor da independência da Catalunha, que foi condenada pelas principais potências internacionais.