Segundo a fonte, no primeiro abate, realizado sexta-feira ao fim do dia, foram mortas 2.800 aves das cerca de 90.000 das duas explorações pertencentes ao grupo Caça Brava, localizadas nos concelhos de Tomar e Vila Nova da Barquinha.
O abate está a ser realizado por elementos da Direcção-Geral de Veterinária, não existindo previsão de quando poderá estar concluída, uma vez que, segundo fonte do Ministério da Agricultura, esta acção "não é urgente", já que "não há razões que o justifiquem".
As aves estão a ser abatidas com CO2 sólido, considerada a forma mais indolor de abate, disse a fonte, sublinhando que houve aqui preocupação de "não causar sofrimento aos animais".
Uma nova entrega da substância para abate está prevista para o princípio da tarde de hoje, altura em que a GNR voltará a delimitar o perímetro de segurança de um quilómetro, estando prevista outra acção para o final do dia, adiantou.
A empresa Caça Brava dedica-se à produção de patos para reservas de caça e as aves estavam quase todas vendidas (80 por cento) a associações espanholas de caçadores por 7,5 euros cada, pelo que o seu abate representará um prejuízo de 675 mil euros para o proprietário.
De acordo com o plano de contingência, ao abrigo das normas comunitárias, o proprietário será indemnizado através de fundos comunitários.
Tendo em conta que o H5N2 não se transmite ao ser humano, o processo está totalmente sob a alçada da Direcção Geral de Veterinária.
Tendo em conta que se trata de aves que não estão em cativeiro, o processo de abate será mais moroso, adiantou a fonte.
Segundo disse, os animais são atraídos pelo toque para alimentação, sendo então confinados e fechados em armazéns onde o CO2 sólido os deixa inconscientes antes de serem mortos, sendo depois incinerados e enterrados numa vala.
A fonte adiantou que as cinco explorações que se situam no raio de protecção definido estão a ser controladas, para o caso de uma eventual contaminação dos seus animais.
Só uma das duas explorações afectadas tem cerca de 200 hectares, sendo a maior pateira da Europa, disse, sublinhando a importância económica desta actividade para a região.
A fonte frisou ainda a "colaboração exemplar" do proprietário da empresa.
Uma norma de 16 de Abril deste ano obriga ao abate de todos os animais das explorações onde sejam detectadas variantes da gripe aviaria, uma situação que até então não era obrigatória.
A variante agora detectada não é prejudicial para o ser humano, pelo que o abate se deve a medidas preventivas no quadro do combate à Gripe das Aves na União Europeia.
A presença do vírus foi detectada nas análises a materiais colhidos nestas duas explorações, no âmbito de acções de rotina do Plano de Vigilância da Gripe Aviaria.
Abate de patos em explorações de Tomar e Barquinha prossegue
Entre 24.000 a 25.000 patos vão ser abatidos hoje nas duas explorações onde quarta-feira foram detectados casos do vírus H5N2 da gripe aviaria, disse à agência Lusa fonte que acompanha o processo.
Autor: Lusa / AO online
