Açoriano Oriental
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Escola Básica e Secundária da Povoação

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Entrevista - Ricardo Pereira


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No âmbito de Cidadania e Desenvolvimento - domínio do empreendedorismo - os alunos doa 10ºB e C da Escola Básica e Secundária da Povoação, fizeram uma visita de estudo à empresa agrícola, Irmãos Pereira, no passado dia 5 de abril, sito à Lomba do Cavaleiro, Povoação.

Na presente visita, as turmas levaram um guião de questões, as quais foram colocadas a um dos sócios da empresa, nomeadamente o Sr. Ricardo Manuel Rocha Pereira, natural da Povoação. 

10ºB/C: De quem partiu a ideia de criar a empresa?

RP: A ideia da criação de uma empresa agrícola já vinha desde o tempo de meu avô e depois para meu pai, mas foi só comigo e com meus irmãos que foi possível. Porém deu-se início ainda com meu pai com a compra de 70 vacas e depois veio para nós.

10ºB/C: O que é necessário para criar uma empresa agrícola?

RP: Primeiramente, é preciso gostar bastante desta vida, ter muita dedicação, pois é preciso um enorme esforço para ser-se lavrador atualmente. Temos de saber gerir bem os assuntos económicos. Atualmente, a nossa exploração tem um pavilhão para guardar as vacas, uma ordenha para 20 vacas, um tanque frio com capacidade para 10.700 litros de leite e ainda o Unifill que é onde se mistura a comida das vacas (palha e milho).

10ºB/C: Há projetos ou ajudas do Estado a este tipo de empreendimento? Tiveram essa ajuda?

RP: Sim, existe ajuda do estado, especialmente para a aquisição de maquinaria e tratores. O Governo açoriano ajuda e a União Europeia também. No total, são cerca de 40.000 a 50.000 euros, isto é, uma ajuda de 70%. É certo que há anos atrás este negócio era melhor pois o preço do leite estava mais alto.

10ºB/C: Até à data, qual o balanço que faz deste negócio? É positivo? Ou nem por isso?

RP: O balanço que faço é sempre positivo e sempre foi muito positivo porque se dedica muito tempo a esta atividade. Só se tem um dia de folga de 15 em 15 dias, rodando entre os quatro irmãos. Só, desta forma, se pode ter um balanço positivo. É dedicação a 100%, cerca de 17 horas por dia.

10ºB/C: É necessário ter terreno próprio e animais para criar este tipo de empresa ou é preciso comprar?

RP: No início, a exploração tinha 70 vacas e 160 hectares de terreno. Hoje, já contamos com cerca de 300 alqueires que servem de pastagem e 260 animais, sendo 140 vacas leiteiras. Compra-se ou não de acordo com a evolução do negócio.

10ºB/C: Perante a economia atual, mudava de atividade profissional ou não?

RP: Não, não mudava de atividade porque desde muito novo que comecei a trabalhar com vacas. Teria talvez 8 a 9 anos quando iniciei esta vida e, portanto, não mudaria por nada, pois é o que mais gosto de fazer. É um trabalho muito cansativo, sem férias, com poucas folgas, mas, para mim, gratificante.

10ºB/C: Gostaria que os seus filhos continuassem com a exploração no futuro?

RP: Atualmente, os jovens querem divertir-se e serem livres, por isso este tipo de trabalho não é para eles. É preciso gostar muito disto para se levar em frente uma exploração agrícola, pois não há feriados nem fins de semana. A vida de lavrador é bastante trabalhosa e as tarefas são muitas ao longo do dia. Não é apenas ordenhar as vacas, é muito mais do que isso.

10ºB/C: Considera que o Governo ajuda ou deveria ajudar mais estes empreendimentos?

RP: Há ajudas suficientes, mas se dessem mais, seria ainda melhor, pois hoje o litro do leite está a 35 cêntimos. Na totalidade, a ajuda ronda os 70%, o que não está nada mal, mas para quem começa pode parecer pouco, dado o estado da economia atual.

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