Autor: Lusa/AO online
"É evidente que estas violências visam desestabilizar o país e colocar em risco o processo de transição", disse Ban, pedindo a todas as partes para "depor as armas", na abertura de uma reunião sobre a República Centro-Africana (RCA) à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O secretário-geral da ONU alertou que "sem recursos para responder às necessidades de segurança e de estabilização e para garantir direitos humanos para todos, o país corre o risco de regressar a um conflito prolongado".
A Presidente interina da RCA, Catherine Samba-Panza, que encurtou a sua deslocação à Assembleia Geral da ONU no início da semana, acusou os que estão por trás da onda de violência em Bangui de planearem um golpe.
A destituição em março de 2013 do presidente François Bozizé pela rebelião Séléka (maioritariamente da minoria muçulmana) fez mergulhar a antiga colónia francesa, um dos países mais pobres do mundo, na sua mais grave crise desde a independência em 1960, desencadeando assassínios em massa entre as comunidades muçulmanas e cristãs em 2013 e 2014.
O assassínio de um condutor muçulmano de uma motorizada-táxi no sábado foi o detonador desta nova onda de violência que já causou pelo menos 36 mortos e perto de 30.000 deslocados.
Segundo a agência France Presse, residentes na capital centro-africana disseram hoje que a calma regressou a Bangui, embora a situação continue tensa.