Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Os vereadores do PS da Ribeira Grande, explicam ainda que “além do valor adjudicado pelo município, por ajuste direto, o artista terá ainda recebido o valor cobrado de bilheteira, no montante de cerca de 60 mil euros, perfazendo, assim, um total superior a 180 mil euros”.
Lembra a vereação socialista que o contrato em questão, assinado na sexta-feira dia 12 de abril a que se seguiu o concerto no domingo dia 14, “apesar de ultrapassar o montante máximo estipulado para o regime de ajuste direto, não foi objeto de discussão em reunião camarária”.
A esta situação acresce ainda o facto de o “valor contratualizado e pago pela autarquia da Ribeira Grande exceder em mais de cinco vezes o valor cobrado pelo mesmo artista para espetáculos semelhantes”, dizem ainda.
Face à justificação de Alexandre Gaudêncio de que o contrato para o referido espetáculo se inseria numa “estratégia de promoção internacional do concelho da Ribeira Grande”, os socialistas da Ribeira Grande questionam o facto do próprio artista ter divulgado nas redes sociais o concerto como tendo lugar em Ponta Delgada, prejudicando desta forma a “alegada estratégia e destruindo o argumento invocado pelo presidente da câmara”.
Desta forma, continua o comunicado, os vereadores requerem ao presidente da autarquia que lhes seja prestada informação “sobre o procedimento de contratação que levou à celebração do contrato em questão com a empresa SoundsGood, Lda, bem como todos os procedimentos de contratação realizados pelo município desde o ano de 2014, até à presente data, cujo objetivo tenha sido a realização de eventos musicais, promoção turística e cultural, nomeadamente: Cantar às Estrelas; Bailes de Carnaval no Teatro Ribeiragrandense; Move; Semana da Juventude; Tremor; Festa da Flor; Feira Quinhentista; RFM Beach Power; Monte Verde Festival; Azores Burning Summer; Azores Airlines Pro”.
Os socialistas pretendem ainda tomar conhecimento dos pagamentos mensais efetuados pela autarquia cujos “últimos dados disponibilizados reportam a março de 2018 no Portal da Transparência, apesar das várias e repetidas solicitações pela vereação socialista para que esta situação seja corrigida”.