Autor: AO Online/ Lusa
“Numa situação já tensa, este desenvolvimento alimenta os riscos de uma nova escalada e mina os esforços em curso para encontrar uma maneira de resolver a crise atual", acrescentou o Serviço Europeu de Ação Externa, num comunicado.
A diplomacia europeia também pediu a “libertação imediata” do petroleiro, propriedade de uma empresa sueca, e da respetiva tripulação, bem como apelou "à moderação para evitar mais tensão".
“A liberdade de navegação deve ser respeitada em todos os momentos”, reforçou o Serviço Europeu de Ação Externa.
O Irão permanece, até ao momento, indiferente aos vários apelos internacionais, incluindo de Paris e de Berlim, para libertar o petroleiro e a tripulação de 23 elementos.
Nenhum dos tripulantes tem nacionalidade britânica. A tripulação é composta por pessoas da Índia, Rússia, Letónia e Filipinas.
Londres convocou hoje, entretanto, o encarregado de negócios iraniano no Reino Unido e expressou a sua "profunda deceção" às autoridades iranianas. Também pediu aos navios britânicos para evitarem o estreito de Ormuz durante um “período provisório”.
O petroleiro “Stena Impero” foi apreendido na sexta-feira no estreito de Ormuz, uma passagem marítima vital para o tráfego mundial de petróleo.
Os Guardas da Revolução do Irão anunciaram que tinham “confiscado” o petroleiro, alegando que a embarcação tinha desrespeitado o código marítimo internacional e os pedidos da autoridade portuária e marítima da província de Hormozgan.
A embarcação foi levada para o porto de Bandar Abbas (sul), segundo as autoridades portuárias da província de Hormozgan, onde fica localizado o porto em questão.
A decisão das autoridades iranianas de capturar o “Stena Impero” acontece depois do Tribunal Supremo de Gibraltar ter prorrogado por mais 30 dias a apreensão de um petroleiro iraniano, retido desde 04 de julho naquele território ultramarino britânico situado no extremo sul de Espanha.
A embarcação é suspeita da entrega de petróleo bruto à Síria, o que representa uma violação das sanções europeias contra o regime de Damasco.
O Irão nega tal acusação e advertiu que iria retaliar contra este ato de “pirataria”.