Ucrânia: Zelensky diz que país vai importar gás da Grécia

A Ucrânia vai importar gás da Grécia para colmatar as suas necessidades de inverno, anunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, numa altura em que as infraestruturas de gás do país têm sido alvo de ataques russos.



Em outubro, Moscovo lançou a maior campanha de bombardeamentos contra os locais de produção de gás ucranianos desde o início da invasão, em 2022, interrompendo 60% da produção, principal fonte de combustível para aquecimento.

“Já preparámos um acordo com a Grécia para o fornecimento de gás à Ucrânia”, anunciou o líder ucraniano através das redes sociais.

Zelensky especificou que Kiev também estabeleceu acordos financeiros para cobrir perto de dois mil milhões de euros em importações de gás, destinados a compensar as perdas de produção devido aos ataques russos.

Esta verba é proveniente do Estado ucraniano, de bancos europeus com garantia da Comissão Europeia, de bancos ucranianos e da Noruega.

Para além dos seus aliados europeus e dos Estados Unidos, o Presidente ucraniano indicou estar a trabalhar “ativamente com o Azerbaijão”, com quem espera celebrar “contratos de longo prazo” para a importação de gás.

Esta declaração surge no início de uma visita de Zelensky à Europa, que começou precisamente pela Grécia e que passará também por França e Espanha.

No inverno passado, os bombardeamentos russos já tinham reduzido para metade a produção ucraniana de gás, segundo o Governo.

Os primeiros ataques sistemáticos contra a rede energética ucraniana começaram no outono de 2022, provocando por vezes vastas interrupções de eletricidade e deixando milhões de pessoas às escuras e ao frio, com temperaturas glaciais.


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