Açoriano Oriental
Suspensa greve das tripulações de navios de investigação nos Açores

O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas dos Açores e o Instituto do Mar anunciaram a suspensão, até 31 de agosto, da greve dos tripulantes dos navios de investigação que decorre há mais de um ano.

Suspensa greve das tripulações de navios de investigação nos Açores

Autor: Lusa/AO online


João Decq Mota, dirigente sindical, explicou que a suspensão da greve ocorre, por um lado, pelo reconhecimento dos próprios tripulantes da “importância do trabalho de investigação científica” que se faz na região, nesta altura do ano, e também pelo facto do Instituto do Mar (IMAR) se ter comprometido a “intensificar” as diligências para a resolução do problema.

As tripulações dos navios “Arquipélago” e “Aguas Vivas”, pertencentes ao IMAR, estão em greve ao trabalho noturno desde 07 de junho de 2021, reivindicando a integração na categoria de marítimos perante a Segurança Social, idêntica à da Marinha Mercante, tal como acontecia até dezembro de 1999. 

“Estes trabalhadores estão há mais de um ano em greve ao trabalho noturno porque, até ao momento, ainda não existiu qualquer sinal para a integração destes trabalhadores na categoria de marítimos”, lamentou João Decq Mota, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, em conferência de imprensa, na Horta.

Segundo aquele dirigente sindical, havia a expetativa de que a integração na classificação de marítimos daqueles tripulantes, ocorresse durante a discussão, na especialidade, ao Orçamento de Estado para este ano, na Assembleia da República, tal como tinha prometido o anterior Governo de António Costa, mas isso não veio a acontecer.

João Gonçalves, diretor do IMAR, explicou também aos jornalistas que tem intensificado os contactos com o Governo da República, no sentido de tentar resolver esta questão, lamentando, porém, que essas diligências se tenham revelado infrutíferas.

“Fizemos vários contactos, mas não tivemos quaisquer respostas até agora”, lembrou o investigador, garantindo que vai continuar a insistir junto do executivo de António Costa, no sentido de ver resolvidas esta “justa reivindicação” dos tripulantes açorianos.

O sindicato, que volta atrás na forma de luta, em “sinal de boa-fé”, adverte que, caso este processo não sofra alterações até 31 de agosto, poderá vir a intensificar as formas de luta.

 


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