Autor: Lusa/AO Online
Para evitar a "enorme carga burocrática" dos mecanismos de apoio da União Europeia, os apoios até 1.053 euros vão ser assegurados através da Segurança Social, afirmou António Costa, durante a apresentação do modelo de reconstrução de habitações afetadas pelos fogos, que decorreu hoje na Pampilhosa da Serra, concelho do distrito de Coimbra.
Em declarações aos jornalistas, o líder do executivo disse que esta medida deverá dar resposta "à generalidade das situações mais imediatas", à imagem daquilo que aconteceu em Pedrógão Grande.
Em Pedrógão Grande, havia ainda um apoio concedido a prejuízos na agricultura superiores a 1.053 euros e inferiores a 5.000 euros, que era assegurado pelo fundo Revita.
Esse mesmo mecanismo não está previsto no contexto dos incêndios que deflagraram em 15 de outubro, sendo que, para prejuízos superiores a 1.053 euros, os produtores terão de recorrer aos mecanismos da União Europeia, explicou António Costa.
As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.
Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.
Esta foi a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 mortos e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.
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