Autor: Ana Margarida Pinheiro/DN/Dinheiro Vivo/AO
“O resultado de exploração do A330 em 2018 (com o avião a
voar e dotado de tripulações suficientes) cifrou-se num resultado
negativo de oito milhões de euros. O Airbus A330 parado, nas
circunstâncias em que se encontra hoje, resulta em metade dos prejuízos
anuais acumulados no ano anterior”, mostra uma nota enviada pelo
conselho de administração aos trabalhadores da SATA no final de junho, a
que o DN/Dinheiro Vivo teve acesso.
Referindo-se a uma “polémica em torno da decisão de parar o A330”, a SATA, liderada por António Teixeira, acrescenta ainda que “o racional, em maior detalhe”, foi explicado a todos os colaboradores da empresa.
No relatório e contas de 2018, a administração já referia a “procura ativa de opções que permitam rentabilizar a referida aeronave”, depois de este avião ter feito disparar a rubrica de despesas de manutenção, que ascendeu a 14,8 milhões, em 2018. No mesmo documento, a empresa justificava ainda uma redução verificada em rubricas de gastos operacionais diretos como é o caso dos combustíveis, da assistência a aeronaves, das taxas aeroportuárias e reservas de manutenção (horas de voo) com “a utilização das novas aeronaves A321, em substituição dos menos eficientes A310 e A330”.