Açoriano Oriental
1ª Liga
Santa Clara não teve a habitual agressividade

Daniel Ramos não gostou da forma como o Santa Clara entrou frente ao Boavista, num jogo “agradável” pelos golos e de incerteza, mas nem sempre bem jogado

Santa Clara não teve a habitual agressividade

Autor: Nuno Martins Neves

Foi um Santa Clara menos agressivo do que tem vindo a ser aquele que empatou a três bolas com o Boavista. No rescaldo do encontro da jornada 30 que praticamente colocou um ponto final às aspirações europeias dos açorianos (ver caixa), o técnico Daniel Ramos viu um jogo entretido, mas que deixou um amargo de boca, pois a vitória era o objetivo.

“Foi um jogo agradável de seguir pelos golos e pela incerteza. Nem sempre bem jogado, mas duas equipas a pensar em marcar golos, por razões diferentes, com alternância de resultados, que se deveu ao que cada uma das equipas fez para provocar essa alternância”, começou por dizer após o encontro.

Para o treinador do Santa Clara, os seus jogadores não tiveram a agressividade habitual, principalmente na primeira parte.

“Não arrancamos bem, na primeira parte não gostei porque perdemos muitos duelos e ficamos à espera que as coisas acontecessem, não fomos a equipa agressiva que costumamos ser”. O golo do Boavista teve o condão de trazer a equipa “um bocadinho à terra”, num crescendo que teve reflexos na marcha do marcador: empate ao cair da primeira parte e reviravolta logo após o intervalo.

A conversa no balneário teve efeito prático, mas quando a equipa procurava ampliar a vantagem, “houve um revês”.

“A partir do 2-2 houve incerteza, o Boavista acredita e há um misto de arriscar, pois tínhamos de jogar para ganhar. O Boavista faz o 3-2 e nós a pensar que tínhamos de inverter novamente,  E até final foi tentar, tentar e tentar e aconteceu já em descontos. Em súmula, acaba por ser um resultado que se ajusta ao jogo”.


“Europa? Não dependemos de nós, não podemos querer algo que é difícil assumir”

Daniel Ramos tinha prometido falar sobre as hipóteses europeias do Santa Clara após o final do jogo com o Boavista e cumprindo com a palavra, o técnico foi perentório em virar o discurso para outros objetivos.

“A Europa...  só faz sentido pensar nisso se houver pontuação que justifique esse propósito. Não dependemos de nós, se tivéssemos vencido estávamos mais perto e tudo seria diferente. O que eu vou dizer aos nossos jogadores é que há quatro jogos e 12 pontos em disputa e temos condições para os discutir. Se conseguirmos faze-los, podemos pensar noutros objetivos. Mas para já só podemos pensar em 3 pontos e mais nada. Não mais que isto, pois não estarmos a depender de nós e sem margem de recuperação, não podemos querer algo que é difícil assumir”.


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