O corte, de perto de "quase um milhão de euros", "ignora a realidade" das escolas da região, advoga a deputada social-democrata Maria João Carreiro, citada em nota de imprensa.

"Segundo uma auditoria recente da Inspeção Regional da Educação ao funcionamento da Ação Social Escolar, há escolas que, por falta de verbas, não asseguram a distribuição de fruta aos alunos e não fornecem material para a prática de educação física. O corte que o Governo [Regional] se prepara para fazer na Ação Social Escolar ignora esta realidade e vai prejudicar, ainda mais, os alunos mais carenciados", diz a parlamentar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.

Na segunda-feira, e questionada sobre a posição do PSD, a deputada socialista Renata Botelho havia definido como "falsa" a acusação do PSD sobre este tema.

"Não podemos também deixar de dizer que há uma afirmação recente do PSD, que é falsa, nomeadamente a questão do desinvestimento na Ação Social Escolar. Aquilo que se verifica é que a verba diminuiu em virtude de haver neste momento, para ânimo de todos nós, menos pessoas a precisar", apontou, referindo, também, a "gratuidade dos manuais escolares" como justificação para a diminuição da verba.

Na resposta, a social-democrata Maria João Carreiro diz que as declarações da colega socialista são "absurdas", pois esta "consegue dizer uma coisa e o seu contrário na mesma frase".

E concretiza: "O PS acusa o PSD de fazer afirmações falsas, mas logo de seguida admite que as verbas para a Ação Social Escolar diminuem, o que prova que o PSD disse a verdade. E a verdade é apenas esta: o Orçamento para 2020 prevê um corte de quase um milhão de euros na Ação Social Escolar, que o PS é incapaz de explicar".