Açoriano Oriental
PS condena cumplicidade dos deputados do PSD/Açores em "afronta" à região
O PS/Açores acusou os deputados do PSD na Assembleia da República eleitos pela região de serem "cúmplices" na "afronta" da maioria PSD/CDS aos açorianos ao recusar-lhes apoios por causa do mau tempo de 2013.

Autor: Lusa/AO online

 

Em conferência de imprensa em Ponta Delgada, o líder da bancada socialista no parlamento dos Açores, Berto Messias, considerou que "não é admissível" a recusa de ajuda ao arquipélago por parte do Governo da República e da maioria PSD/CDS na Assembleia da República.

Mas para Berto Messias, também condenável é "a postura" dos deputados do PSD eleitos pelos Açores, "que se abstiveram de forma cúmplice, lavando as mãos das suas responsabilidades e não estando ao lado dos Açores e dos açorianos".

"Os deputados Mota Amaral, Lídia Bulcão e Joaquim Ponte foram cúmplices desta afronta dos partidos da direita no nosso país ao regime autonómico e ao mais elementar princípio da solidariedade nacional", afirmou.

Berto Messias lamentou também "o papel e a postura" do presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, que "diz uma coisa" na região e "que lá fora diz o contrário".

"Aqui o PSD/Açores votou a favor da anteproposta de lei do PS mas depois, na Assembleia da República, quando pressionado pelo doutor Passos Coelho e pelo PSD, não teve a coragem de estar ao lado dos Açores, preferindo estar ao lado do PSD e do CDS", considerou.

Berto Messias sublinhou que os Açores pediam à República "algo justo, equilibrado" e "semelhante" à resposta dada à Madeira quando esta região enfrentou enxurradas e incêndios.

A maioria PSD/CDS chumbou hoje um diploma do parlamento dos Açores, aprovado por unanimidade na assembleia regional, que pedia ajuda extraordinária à região por causa dos 35 milhões de euros de prejuízos causados pelo mau tempo de março do ano passado.

Os três deputados do PSD eleitos pelos Açores e duas deputadas do CDS-PP abstiveram-se. A oposição votou a favor.

No debate, na quarta-feira, a maioria PSD/CDS-PP propôs uma reavaliação da necessidade dessa ajuda aos Açores, argumentando que estava esgotado o objeto da iniciativa (que pedia a reprogramação de verbas europeias referentes ao quadro comunitário que terminou no final de 2013).

Berto Messias disse que, no entanto, esta "análise é totalmente falsa", por o quadro comunitário de apoio anterior estar em execução até ao final de 2015 e haver ainda verbas disponíveis.

"Mas mesmo que assim fosse e estivesse em causa o objeto da proposta", os deputados do PS na Assembleia da República "afirmaram por várias vezes" que estavam disponíveis para, no debate na especialidade, fazer alterações ao diploma "para que houvesse um enquadramento mais claro", garantiu.

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