Autor: Lusa/AO online
Os consagrados foram reconhecidos pela invenção desta tecnologia, que permite significativas poupanças de energia.
“A sua invenção foi revolucionária”, considerou o júri, que referiu que “as lâmpadas incandescentes iluminaram o século XX; o século XXI será iluminado pelas lâmpadas LED”.
Os três investigadores produziram raios brilhantes de luz azul a partir de semicondutores no início da década de 1990, desencadeando uma transformação fundamental na tecnologia de iluminação, segundo o júri do prémio Nobel.
Antes, já existiam díodos vermelhos e verdes, mas sem a luz azul, não podiam ser criadas lâmpadas brancas.
Criar o LED azul foi um desafio que se arrastou por três décadas.
“Eles tiveram sucesso onde todos os outros falharam”, afirmou o júri, acrescentando: “Com o advento de lâmpadas LED, temos agora alternativas mais duradouras e mais eficientes do que antigas fontes de luz”.
As lâmpadas LED emitem uma luz branca brilhante, têm longa duração e usam muito menos energia do que as lâmpadas incandescentes criadas por Thomas Edison no século XIX.
Por terem necessidades de eletricidade muito baixas, as lâmpadas LED podem ser ligadas à energia solar, barata e local, uma vantagem para mais de 1,5 mil milhões de pessoas em todo o mundo que não têm acesso à rede de eletricidade.
Os laureados vão partilhar o prémio de oito milhões de coroas suecas (equivalente a 883 mil euros).
No ano passado, o Nobel da Física foi atribuído ao britânico Peter Higgs e ao belga François Englert pela descoberta da “partícula de Deus”, o sub-atómico bosão de Higgs, responsável por dotar de massa todas as partículas elementares.
Como é tradição, os laureados receberão o seu prémio numa cerimónia formal em Estocolmo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte do fundador do prémio, Alfredo Nobel, em 1896.