Autor: Ana Carvalho Melo
A organização do Folk Azores 2024 denuncia que a falta de voos entre Lisboa e a ilha Terceira, assim como os aumentos das tarifas estão a colocar em risco a realização deste evento.
“A falta de voos de ligação desde Lisboa para a Ilha Terceira e aumentos das tarifas em 200%, face ao valor praticado em 2023, para os voos dos grupos estrangeiros que pretendem participar no Folk Azores 2024, põem em causa a realização daquele que já foi considerado o maior festival internacional de folclore de Portugal e referência internacional”, afirma a organização em nota enviada à comunicação social.
Segundo a organização, “torna-se incomportável para os grupos estrangeiros conseguirem chegar à ilha Terceira” dado que cada grupo paga a totalidade da viagem desde o seu país de origem, sendo que, apesar mais de uma dezena de grupos estrangeiros de várias origens terem firmado o seu pedido de participação no Folk Azores 2024, “os preços praticados este ano pela SATA e as exigências que impôs de resposta de confirmação, leva a múltiplas desistências, situação que não ocorreu nos últimos 20 anos”.
Face a estas dificuldades a organização do Folk Azores revela que já procurou ajuda junto do vice-presidente, da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e do presidente do Governo Regional, mas dos contactos realizados, apenas o gabinete da Secretária do Turismo informou que “face às despesas da pandemia Covid-19, ao aumento da inflação, bem como o problema das guerras, não ser possível praticar os valores do ano anterior”.
Neste
contexto, alertam que “considerando a intransigência da SATA face ao
quase monopólio que tem nas ligações da Ilha Terceira com o exterior e
com todas as consequências que dai advém, e inoperância aos pedidos de
apoio ao Folk Azores por parte do Governo Regional dos Açores, o mesmo
corre sérios riscos de não se voltar a realizar num futuro muito
próximo”.