Os eurodeputados, reunidos esta semana em Estrasburgo, em França, aprovaram um projeto de resolução com 401 votos favoráveis, 70 votos contra e 90 abstenções que insta todos os Estados-membros da UE e a Comissão Europeia a “mostrarem liderança neste momento geopolítico crucial”.
Considerando que é necessário continuar a trabalhar com os Estados Unidos da América (EUA), o PE refere que a paz na Ucrânia tem de ser “justa e duradoura”.
Esta expressão tem sido utilizada sistematicamente pelos representantes das instituições da UE, chefes de Estado e de Governo e quaisquer intervenientes políticos europeus, para alertar Washington para as condições esboçadas na proposta para acabar com o conflito entre a Ucrânia e a Rússia, iniciado por Moscovo em fevereiro de 2022.
Em consonância com as posições dos presidentes do Conselho Europeu, António Costa, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o PE rejeitou a cedência de qualquer território ucraniano anexado pela Rússia e também exigiu que haja garantias de segurança reais para a Europa.
Sobre o plano de paz apresentado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, os eurodeputados consideraram que “a ambivalência política de Washington em relação a Kiev é prejudicial para o objetivo de alcançar uma paz duradoura”.
“Qualquer acordo de paz não deve limitar as capacidades da Ucrânia para defender a sua soberania, independência e integridade territorial”, comentaram os europarlamentares, acrescentando que a “Ucrânia tem a liberdade de escolher as suas alianças políticas e de segurança sem que a Rússia tenha poder de veto”.
