Papa pede a fiéis para “tomarem posição” perante injustiças e desigualdades

O Papa Leão XIV instou os fiéis a “tomarem posição” perante “as injustiças e as desigualdades”, onde quer que “a dignidade humana seja pisoteada” e “os frágeis sejam silenciados”



“Perante as injustiças, as desigualdades, onde se pisa a dignidade humana, onde se cala os frágeis: tomar posição”, afirmou Leão XIV durante uma audiência jubilar na Praça de São Pedro, acrescentando que é necessário “mostrar com atos que as coisas não podem continuar como antes”.

No seu discurso, o pontífice norte-americano, também com nacionalidade peruana, recordou a figura da jornalista norte-americana Dorothy Day, que definiu como um exemplo de “agente de paz”.

Day, explicou o papa, percebeu que “o modelo de desenvolvimento do seu país não gerava as mesmas oportunidades”, que “o sonho, para muitos, era um pesadelo” e que, enquanto cristã, “devia envolver-se com os trabalhadores, com os migrantes, com os descartados por uma economia que mata”.

“Escrevia como jornalista, ou seja, pensava e fazia pensar. Escrever é importante. E também ler, hoje mais do que nunca”, acrescentou.

“Assim são os agentes de paz: tomam posição, suportam as consequências, mas seguem em frente”, concluiu.

Antes da audiência por ocasião do Jubileu dos Coros e das Corais, que este fim de semana reunirá em Roma mais de 35.000 peregrinos de 117 países, Leão XIV percorreu a praça cheia em papamóvel para saudar os fiéis.


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