Autor: Lusa/Ao online
"A ilha é fantástica, adorámos. Estar no meio do nada, do oceano, no meio da natureza, foi fantástico. Foi um desafio fazer o concurso aqui, longe de quase tudo, mas vi muitas pessoas de todo o mundo, nomeadamente do norte da Europa. Só da Noruega sei que estiveram cá mais de 60 ou 70 pessoas", contou à agência Lusa Davide Grandi, presidente da European Blues Union, uma das entidades envolvidas no concurso.
Entre 22 bandas - e países - a concurso, a vitória sorriu ao conjunto britânico Kyla Brox Band.
O evento, realizado no Coliseu Micaelense - um "espaço fantástico" - confirmou que a "qualidade musical" do blues na Europa "está a aumentar".
"Tivemos vários tipos de blues: mais virados para o rock, com swing, com soul, ótimos vocalistas e ótimas vocalistas. O nível musical do concurso está a aumentar ano após ano", acredita Davide Grandi.
O evento trouxe mais de mil pessoas à ilha de São Miguel por estes dias, algumas em "negócio e em trabalho", mas a grande maioria "somente pela paixão" pela música e pela descoberta da ilha açoriana.
A presidente da Blues Foundation, com sede em Memphis, nos Estados Unidos, foi uma das presenças no certame, tendo confidenciado que planeia voltar a São Miguel, "mas de férias".
O evento tido na maior cidade açoriana representa, diz Barbara Newman, um "momento para celebrar a vida", uma das mensagens que o blues pretende transmitir.
"Estou entusiasmada que tantos músicos de tantos países na Europa agarrem nesta música, toquem-na, e espalhem a palavra para as próximas gerações", prosseguiu.
A prova constitui o maior concurso de blues da Europa, e acolhe os vencedores de cada país que vieram aos Açores disputar a final, na primeira vez que a iniciativa se realizou em Portugal.
O evento chegou aos Açores através da Associação Escravos da Cadeinha, que organiza o Santa Maria Blues Fest, e contou com a parceria da Trovas Soltas e o apoio do Governo Regional dos Açores e da Câmara Municipal de Ponta Delgada.