Autor: Lusa/AO Online
José Manuel Bolieiro, que falava no Centro de Saúde das Velas, na ilha de São Jorge, na apresentação do projeto, considerou estar em causa um momento de “alegria e um lugar de esperança”, numa alusão à pretensão da população face ao estado de degradação daquela unidade.
O líder do executivo açoriano considerou que a saúde “é uma grande prioridade”, afirmando que a remodelação é uma reivindicação das pessoas, das famílias, uma atitude cívica e também dos políticos.
A primeira fase da obra de remodelação do Centro de Saúde das Velas avançou com o anterior governo socialista mas, em setembro de 2020, o empreiteiro abrandou a obra, deixando-a executada em 10%, tendo o projeto sido atualizado em início de 2021, já depois das eleições que levaram ao poder a coligação PSD/CDS-PP/PPM.
O projeto está orçado em 2,5 milhões de euros, tendo um prazo de execução de 18 meses, devendo as obras arrancar em novembro e terminar em agosto de 2023.
José Manuel Bolieiro considerou que, até 2020, se “conviveu com o problema” e “a partir de 2021 [com o novo governo de coligação dos Açores] se foi para o terreno”.
O governante observou que, por vezes, é necessário dar um passo atrás para seguir em frente, destacando a “decisão acertada, começando de novo sem perder face a um projeto incapaz”.
Na chegada a São Jorge, para a segunda visita estatutária, depois da ilha Graciosa, Bolieiro reuniu-se com o presidente da Câmara das Velas de São Jorge, Luís Silveira, reeleito pelo CDS-PP, que disponibilizou um terreno da autarquia para ampliar o Centro de Saúde das Velas.
José Manuel Bolieiro referiu que a “prioridade máxima na reflexão feita com o presidente da Câmara” se prende “com a saúde e a acessibilidades aos serviços de saúde em particular, designadamente o Centro de Saúde das Velas”.
O governante referiu que “há um capital de queixa em São Jorge a que se é sensível e que tem a ver com os transportes passageiros quer pela via aérea ou acessibilidade marítima”.
A intenção é “trabalhar para fazer justiça a São Jorge e potenciar as suas oportunidades”.
O presidente do Governo Regional considera estar em causa uma ilha “cada vez mais procurada, daí que se tenha que potenciar” as suas acessibilidades “enquanto destino turístico”.
Bolieiro disse que o Governo vai “trabalhar com a máxima intensidade” nas acessibilidades a São Jorge, para além da denominada Tarifa Açores (viagens de avião para residentes nos Açores a 60 euros), de que a ilha “beneficiou muito”.
“Apesar do aumento do número de lugares, ela [a tarifa] ainda não é suficiente e não corresponde à procura”, indicou.
Daí que o executivo açoriano pretenda “acertar com a SATA um aumento de voos que se justifica não apenas no quadro das obrigações de serviço público mas mesmo na vontade comercial face à procura”.
No capítulo das ligações marítimas, pretende-se aumentar o número de rotas, melhorar os horários, para além de localizar um navio nas Velas, entre outras pretensões.
A visita à ilha de São Jorge termina hoje, no concelho da Calheta.