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Giro
Nelson Oliveira prepara Tóquio2020 e trabalha para Marc Soler

Nelson Oliveira (Movistar) vai participar na Volta a Itália em bicicleta, que arranca no sábado, a olhar para o calendário a caminho dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, sem descurar o trabalho para o líder, o espanhol Marc Soler.

Nelson Oliveira prepara Tóquio2020 e trabalha para Marc Soler

Autor: Lusa/AO Online

“Atendendo ao calendário para os Jogos Olímpicos, para ter depois mais tempo, e fazer uma grande Volta para melhorar bastante na preparação”, conta à Lusa, explicando porque optou por regressar a uma corrida que não faz desde 2013.

Nessa última participação, então a segunda consecutiva, foi 81.º, depois de ter sido 64.º, e embarcou numa carreira feita sobretudo na Volta a Espanha, com uma etapa ganha em 2015, e na Volta a França.

Regressa ao Giro num dos melhores anos da sua trajetória, em termos de resultados em provas por etapas, e em ano de Jogos Olímpicos, onde terá cartas a dar no contrarrelógio, a especialidade, mas não só.

“Nestas últimas corridas, tenho-me sentido muito bem, a preparação foi feita nas melhores condições, agora veremos como as coisas saem. Venho para trabalhar para a equipa, para o líder, o Marc Soler. [...] Se houver uma oportunidade de ‘espiar’ uma etapa, darei o meu melhor”, assume.

Na Volta à Comunidade Valenciana, em abril, conseguiu o melhor resultado pessoal de sempre em provas por etapas, ao ser segundo, o mesmo posto que conseguiu na quarta etapa, um contrarrelógio. mostrando rodagem na especialidade mas também na montanha.

Menos de duas semanas depois, ‘aterrou’ nas Astúrias, para a Volta da região, e acabou-a em nono, dando nova mostra da boa forma e sensações.

Os feitos recentes “acabam por ser também uma motivação, é sinal de que o trabalho está a ser bem feito”, o que até pode “tirar alguma pressão” e levar a resultados melhores.

Confiante no líder, que “na Volta à Romandia demonstrou que está em boa forma”, não enjeita as duas oportunidades de se mostrar na especialidade que mais domina, o contrarrelógio.

“Seja onde for, vou dar sempre o meu melhor. Não venho de maus resultados, estou bem, e espero que as coisas me saiam. [A primeira etapa, em Turim,] é um prólogo, provavelmente não me favorece. Mas sei que estou num bom momento e vou tentar discutir. O último [a 21.ª e última etapa, em Milão] é de 30,3 quilómetros, não sabemos como chegaremos lá. É plano, não tem grandes dificuldades. Depende da cabeça e da forma, do cansaço...”, admite.

O percurso exigente - porque a ‘corsa rosa’ “é sempre uma das provas mais duras do calendário” -, que continua a ser “igual para todos”, será enfrentado por um pelotão que engloba um trio de portugueses: além do homem de Vilarinho do Bairro (Anadia), também João Almeida (Deceuninck-QuickStep), quarto em 2020, e Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), vencedor da montanha e de uma etapa.

“Fizeram um grande Giro. Este ano, a pressão provavelmente será outra, mas já provaram que podem estar na discussão de etapas, o João na da geral. Vão estar bem, mesmo com os holofotes. Aqui estará o trio para tentar honrar Portugal”, atira.

A 104.ª edição da Volta a Itália em bicicleta arranca no sábado com um contrarrelógio em Turim, terminando em 30 de maio com novo ‘crono’, desta feita em Milão.


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