Açoriano Oriental
Mulher de suspeito de duplo homicídio no Pico com termo de identidade e residência

A mulher do suspeito de duplo homicídio e profanação de cadáveres na ilha do Pico, nos Açores, ficou com termo de identidade e residência, proibida de contacto com o marido e de se ausentar para o estrangeiro.

Mulher de suspeito de duplo homicídio no Pico com termo de identidade e residência

Autor: Lusa/AO Online

A mulher, de 53 anos, detida desde dia 23, foi ouvida no Tribunal de Instrução Criminal, no Pico, que revelou aos jornalistas as medidas de coação.

A arguida vai aguardar pelo julgamento em liberdade, mas fica sujeita a termo de identidade e residência, proibição de se ausentar para o estrangeiro e “proibição de todo e qualquer contacto com o coarguido e demais intervenientes processuais”.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve no dia 23 a mulher do suspeito de duplo homicídio e profanação de cadáveres na ilha do Pico, que tinha sido detido dias antes.

Segundo a PJ, a investigação desenvolvida “permitiu alcançar relevantes elementos probatórios de que os crimes de homicídio foram praticados junto da propriedade do referido casal, com recurso a arma de fogo, com subsequente ocultação e destruição dos corpos através de carbonização”.

No dia 20 de setembro, a PJ revelou que tinha sido detido um homem de 60 anos, na ilha do Pico, por “suspeitas de um duplo homicídio e profanação de cadáver”.

A investigação teve início no dia 11, “após a comunicação do desaparecimento de dois homens, com 74 e 65 anos, ambos residentes na ilha do Pico”.

“Foram recolhidos indícios de que os dois homens desaparecidos terão sido vítimas de crimes de homicídio, com subsequente ocultação dos cadáveres, recaindo as suspeitas sobre um indivíduo de nacionalidade estrangeira, residente nas imediações do local onde o veículo utilizado pelas vítimas se encontrava estacionado”, adiantou a PJ.

Nas buscas domiciliárias à residência do suspeito “foram apreendidas duas armas de fogo legalizadas, para além de diversas armas em situação irregular, nomeadamente, um ‘boxer’ com lâmina acoplada, diversos punhais e um silenciador, compatível com arma de fogo”.

O detido “foi presente às autoridades judiciárias competentes, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva”.

A operação foi desenvolvida através do Departamento de Investigação Criminal dos Açores da PJ, com a colaboração da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Marítima.


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