Açoriano Oriental
Mau desempenho na Educação, mas Portugal mantém 27º lugar no Índice de Prosperidade global
Portugal caiu para o grupo dos dez países europeus com pior classificação na área da Educação, mas manteve em 2013 o 27º lugar no Índice global de Prosperidade que avalia 142 países.
Mau desempenho na Educação, mas Portugal mantém 27º lugar no Índice de Prosperidade global

Autor: Lusa/AO Online

 

Portugal desceu de 33º em 2012 para 47º lugar no ano passado em Educação, estando agora abaixo de países como a Mongólia, Montenegro, Emirados Árabes Unidos ou Rússia.

Apenas 77% dos portugueses estão satisfeitos com a qualidade da educação e acreditam que as crianças estão a aprender na escola, o valor mais baixo de sempre.

Houve também um declínio na escolarização primária, de 99,2 para 98%, o que indica uma quebra no número de crianças que entram para a escola, apesar de a taxa nacional continuar elevada, e o rádio de professores por aluno aumentou de 10.

Por outro lado, o número de jovens no ensino superior cresceu, e Portugal teve em 2013 uma taxa de 69%, a maior de sempre no país registada pelo índice.

O Índice de Prosperidade é coligido pelo Legatum Institute, que compara os níveis de riqueza e bem estar, cobrindo 96% da população e 99% do Produto Interno Bruto mundial.

Tem em conta oito fatores: economia, educação, empreendedorismo e oportunidades, governação, saúde, liberdade pessoal, segurança e capital social.

Na economia, Portugal é agora o segundo pior classificado na Europa ocidental, atrás da Grécia, na área económica, e está agora atrás de países como Argélia, Colômbia, Marrocos ou Latvia.

Portugal tem também o nono pior valor global de sentimento quanto à existência de oportunidades de trabalho, tendo apenas nove por cento dos inquiridos respondido afirmativamente à questão "Pensa que é uma boa altura para encontrar emprego" - mesmo assim superior à Grécia e Itália (3%) e Espanha (4%).

"Embora tenham sido registados melhorias na economia portuguesa no ano passado devido a um aumento da poupança interna bruta, de exportações de produtos tecnológicos e do investimento direto estrangeiro, ao mesmo tempo que a inflação baixou, as estatísticas subjetivas sobre as condições de vida não mostraram progressos", disse a analista do instituto Joana Alfaiate.

Por exemplo, apenas 55% dos portugueses mostraram satisfação com a qualidade de vida, inferior à média global de 60%, e caiu de 91% em 2011 para 82% a proporção de pessoas com acesso a comida e abrigo, o valor mais baixo desde sempre.

Embora os portugueses sejam dos povos com maior sentimento elevado de desconfiança em relação às autoridades e empresas (88%), Portugal melhorou nesta categoria e voltou ao top 30 dos países com melhor governação, registando um aumento de pessoas que afirmaram ter apresentado reclamações junto de entidades oficiais.

O nível de confiança na justiça subiu para 33%, mas continua abaixo da média global de 54%, mas a sensação geral é que os portugueses estão mais inquietos com a situação pessoal e do país: 57% confessaram preocupar-se, contra uma média global de 36%.

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