Autor: Lusa/AO online
A escolha foi feita por unanimidade pelos líderes dos grupos políticos do PE.
“Hoje, decidimos dizer ao mundo que a nossa esperança por um futuro melhor está em jovens como Malala Yousafzai”, disse o líder do Partido Popular Europeu (PPE, o maior grupo político do PE), Joseph Daul.
Também o líder dos Socialistas e Democratas (S&D, o segundo grupo), Hannes Swoboda, sublinhou que Malala é “uma jovem que arrisca a vida por valores e princípios em que ela – e nós – acreditamos: igualdade entre homens e mulheres e o direito à educação para todos”.
A candidatura de Malala Yousafzai, que aos 11 anos, em 2009, começou a defender a educação feminina no vale de Swatt, no Paquistão, era apoiada pelos líderes dos três maiores grupos políticos do PE.
Malala Yousafzai sobreviveu ao ataque de um talibã, que a baleou na cabeça, tendo-se tornado um símbolo da luta pelos direitos das mulheres e pelo acesso à educação.
O seu nome integrava a lista de três finalistas ao Prémio Sakharov, tendo batido os dissidentes bielorrussos Ales Bialatski, Eduard Lobau e Mykola Statkevich e ainda o analista informático que denunciou os programas de vigilância dos EUA, Edward Snowden.
A cerimónia de entrega do galardão – no valor de 50 mil euros - realiza-se no dia 20 de novembro.
O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento foi atribuído em 2012 ao cineasta Jafar Panahi e à advogada e ativista Nasrin Sotoudeh, ambos iranianos, tendo esta última sido entretanto libertada da prisão.
Nelson Mandela e o dissidente soviético Anatoly Marchenko (a título póstumo) foram os primeiros galardoados, em 1988.
Em 1999, o prémio Sakharov foi entregue a Xanana Gusmão (Timor-Leste) e, em 2001, a Zacarias Kamwenho (Angola).
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