Autor: Lusa/AO Online
José Manuel Bolieiro apontou o “diálogo” que tem vindo a ser desenvolvido com a sociedade açoriana pelo atual Governo dos Açores e pelo parlamento como o “pendor de afirmação desta governação, que faz toda a diferença, quando comparada com maiorias absolutas de autoritarismo, de verdade absoluta, unilateral”.
“Hoje, mesmo estando na oposição, voltam-se a afirmar este espírito, o que é demonstrativo de um feito, de um caráter, de uma personalidade, quando se esperava que a passagem à oposição, com o conhecimento e experiência do executivo, pudesse dar sentido de responsabilidade ao titular de um cargo político tão relevante como a liderança da oposição”, disse Bolieiro, na sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP e PPM, em Ponta Delgada.
O líder do PSD/Açores considerou que o Plano e Orçamento dos Açores para 2023 foi construído num quadro de “responsabilidade política, económica, social e financeira”, tendo salvaguardado que este é documento com “maior pendor social da história da autonomia”, que está ao lado das famílias e das empresas.
Para Bolieiro, “não faz sentido juntar às crises reais, resultantes ainda de uma pandemia nunca dantes experimentada, à situação da inovadora tendência inflacionista e à situação de guerra, uma artificialidade de uma crise política governativa", o que é "sinal de irresponsabilidade”.
O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, também na sessão de encerramento das jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP e PPM, considerou que as forças políticas que governam a região “colocaram os interesses dos açorianos à frente dos interesses dos partidos”.
De acordo com o também vice-presidente do Governo dos Açores, “com este Governo de coligação, as famílias açorianas já estavam mais robustas e fortalecidas para enfrentar a inflação”, não se tendo “esperado pela desgraça para tomar medidas”.
“Quando tomamos posse, tomamos com um governo com forte pendor social não caritativo”, afirmou o dirigente, salvaguardando que se “marcou a diferença com o socialismo assistencialista que foi seguido durante 20 anos na região”.
Paulo Estevão, líder do PPM, disse que, face à crise económica, financeira e social se esperava que a oposição “fosse responsável e solidária com o povo dos Açores, porque há um conjunto de medidas que têm que ser implementadas”.
“Vasco Cordeiro [líder do PS/Açores e deputado no parlamento regional] é, neste momento, o grande problema para os Açores, porque está a tentar criar instabilidade e impedir que este conjunto de medidas possa entrar em vigor o mais rapidamente possível e auxiliar as populações da região”, declarou Paulo Estevão, que condenou “o seu egoísmo tremendo e ambição de regresso ao poder”.