Açoriano Oriental
Líder do PAN/Açores denuncia "aproveitamento separatista" das ilhas

O deputado e líder do PAN/Açores, Pedro Neves, afirmou esta segunda feira que a região se encontra numa “encruzilhada” entre a “coesão açoriana” e “sobranceria do aproveitamento separatista” em que se tenta influenciar a consciência de que “cada ilha olhe por si”.

Líder do PAN/Açores denuncia "aproveitamento separatista" das ilhas

Autor: Lusa /AO Online

“Há mais de um ano que estamos numa encruzilhada devido à luta contra a pandemia, que parece não ter fim. Mas também estamos numa encruzilhada entre a consciência indivisível da coesão açoriana e a sobranceria do aproveitamento separatista com o engenho em influenciar a consciência social, com a afirmação em que estamos sozinhos e que cada ilha olhe por si”, afirmou o parlamentar.

Pedro Neves, que falava na sessão solene comemorativa do Dia dos Açores - que este ano decorreu na sede da Assembleia Legislativa Regional, na Horta, ilha do Faial, com poucos convidados - considerou que “este é um aproveitamento habilidoso de um momento bastante frágil para a sociedade, dos tempos difíceis em que se vive há mais de um ano, de uma guerra onde morreram pessoas, que matou empresas, que retirou a solidez e força psicológica de cada pessoa”.

De acordo com o deputado, “em pouco mais de um ano as prioridades mudaram, aquilo que era importante começou a ser supérfluo” e “é onde o separatismo ataca, com conteúdo desguarnecido de ação presente ou esperança futura, querendo que as fundações tremam nesta encruzilhada apenas para atingir, egoisticamente, os seus próprios fins”.

Pedro Neves aludia a “um fosso sem pontes entre ilhas, sem união regional, apenas uma mera subtração da sociedade para que não se espelhe uma comunidade coesa e representada como um todo”.

Segundo o líder do PAN/Açores, o caminho a seguir “depende ou da coesão comunitária ou da apatia pública, da qualidade da liderança social unitiva ou pela atitude de condicionamento separatista”.

Pela primeira vez na história de 45 anos de autonomia, os oito partidos com assento parlamentar usaram da palavra, quando habitualmente apenas o presidente do parlamento e o chefe do executivo açoriano o podiam fazer na sessão solene.

Este ano, devido ao formato reduzido imposto pela covid-19, não houve lugar à imposição de condecorações.

O Dia dos Açores foi instituído pelo parlamento regional em 1980, visando “comemorar a açorianidade e a autonomia do arquipélago”.

Coincide com a segunda-feira do Espírito Santo, a principal festividade do povo açoriano.


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