"Existem ainda dúvidas em relação ao Tour. Todos sabem a sua importância, mas os problemas que tenho com a organização, jornalistas e adeptos podem vir a desviar-me da meta que tenho: focar a atenção mundial na batalha contra o cancro", justificou o ciclista.

    Armstrong, de 37 anos, anunciou no último mês que iria regressar à competição três anos depois de se ter retirado e que o seu objectivo era chamar a atenção para uma campanha global na luta contra o cancro, que ele próprio venceu.

    O ciclista, sete vezes vencedor do Tour de França (entre 1999 e 2005), teve durante anos uma contenda com os responsáveis da prova, realizando inúmeros controlos antidoping, embora o director da prova, Christian Prudhomme, já tenha dito que Armstrong e a Astana podem participar no Tour desde que evitem questões de doping.

    "Espero que haja uma solução diplomática e pacífica. Antes de anunciar o meu regresso, contactei os organizadores, mas não tive ainda qualquer resposta", disse o ciclista.

    Já esta segunda-feira o ciclista anunciou a sua participação na Volta a Itália, que decorrerá de 09 a 31 de Maio, ainda antes do Tour, cujo início está previsto para 04 de Julho.

    O ciclista fará a sua estreia na corrida italiana e de momento continua à espera de um convite do Tour.

    "Tudo é possível, mas seria incrível (se o Tour não convidar). Eu quero estar em Paris, mas numa situação serena", referiu.

    O norte-americano contou ainda que se sente muito entusiasmado por se estrear no Giro e que num treino recente com Axel Merckx aproveitou para fazer imensas perguntas em relação à prova de Itália.