"Trata-se de um investimento de um grupo privado com uma tradição muito grande na nossa região, que vê assim a sua capacidade logística, e que a põe ao serviço dos açorianos, bastante reforçada e trazendo maior eficiência à sua operação", afirmou Ana Cunha aos jornalistas após a inauguração da estrutura, onde também esteve presente o presidente do conselho de administração da ETE, Luís Nagy.

Ana Cunha frisou que "ganham todas as ilhas dos Açores" com este investimento do grupo que detém a Transinsular, uma vez que a empresa opera entre as ilhas dos Açores e entre a região e o continente.

Questionada pela Lusa sobre se região carece de estruturas deste tipo, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas reconheceu que sim, ao nível da "eficiência da logística das empresas".

"Em termos de eficiência da logística das empresas, eu diria que sim. Eu não conheço mais nenhuma infraestrutura neste momento com estas características. Trata-se de uma aposta muito forte do grupo ETE na região", assinalou.

Por sua vez, na sessão de inauguração, o responsável da ETE, Luís Negy, realçou que este novo pólo irá reunir no mesmo espaço o parqueamento de contentores e o armazém de mercadores.

O empresário frisou que a infraestrutura foi criada para "satisfazer as necessidades" dos açorianos e revelou que a empresa também reforçou os quadros na área logística.

"O investimento em infraestruturas não é tudo e essas só têm utilidade se servirem de base para a prestação de um serviço mais alargado e mais eficiente. Nessa vertente, também procedemos ao reforço dos nossos quadros, na área da logística para podermos prestar um serviço com cada vez mais qualidade", destacou.

O novo pólo logístico está localizado na freguesia de Santa Clara e é destinado à operação da Transinsular.

O edifício tem uma área superior a 12 mil metros quadrados, dispondo de parque de contentores, serviços de reparação e de lavagem e armazém com cerca de dois mil metros quadrados, dotado "das mais modernas infraestruturas", assinalou a empresa em comunicado.

O grupo empresarial afirma que a nova estrutura "envolve cerca de 30 postos de trabalho" e representará um "crescimento sustentado superior" a 15% na carga movimentada, frisando que "85% da carga rececionada e enviada" nos Açores é feita por via marítima.

A ETE não quis divulgar os montantes envolvidos na construção da infraestrutura, mas sabe-se que teve o apoio do Governo Regional através do sistema de incentivos competir+.