Autor: Lusa/AO Online
Segundo os acordos assinados, a ampliação contempla a prorrogação por 12 meses da permanência da atual estação de rastreio de satélites, a transferência de uma antena da ESA da Austrália para os Açores, a par do compromisso da construção da base desta antena pelo executivo açoriano.
Os acordos contemplam ainda um compromisso entre a empresa Edisoft e a Direção Regional da Ciência e Tecnologia para a promoção de atividades espaciais nos Açores.
Citado pelo gabinete de imprensa do Governo dos Açores, o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia, Fausto Brito e Abreu, declarou que a estação da ESA em Santa Maria “vai passar para a ‘primeira divisão’ do que são as estações espaciais a nível mundial” e permitir duplicar os postos de trabalho diretos que possui na ilha.
Brito e Abreu considerou que os acordos agora celebrados “são de extrema importância” porque vão permitir o aumento da capacidade tecnológica das infraestruturas espaciais, mas também gerar “novas oportunidades de negócio”.
“Com a instalação da nova antena, os Açores poderão passar a concorrer e a prestar serviços muito bem remunerados, a partir de Santa Maria, a missões da ESA e de outras agências espaciais”, referiu o governante.
Segundo o secretário regional, a nova antena, de 15 metros, que começará a ser instalada dentro de dois meses, vai dar um "contributo fundamental" para o futuro Azores International Research Center (AIR Center) no que respeita a estudos de observação da Terra e ao desenvolvimento de novos negócios ligados ao setor aeroespacial.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assinou a 29 de agosto, em Paris, com o diretor-geral da ESA, Jan Woerner, os princípios para a instalação na ilha de Santa Maria de uma antena de 15 metros cedida pela agência para o seguimento de satélites.
Em junho, em Ponta Delgada, o ministro admitiu que os Açores oferecem "oportunidades únicas" para a instalação de uma base espacial.
Brito e Abreu manifestou ainda a intenção de o gestor da estação espacial passar a ser o país ou a região, "no decorrer dos próximos 12 meses", sendo neste caso a ESA um cliente.
O responsável acrescentou que se poderia utilizar a infraestrutura para prestar serviço a outras missões, gerando mais postos de trabalho, que neste momento são dez diretos, sendo o objetivo duplicar este número nos próximos cinco anos.