Autor: Lusa/AO Online
De acordo com o relatório de contas e sustentabilidade da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA), a emissão própria de fuelóleo e gasóleo contribuiu com 63,5% para a emissão de energia, menos 0,7% do que em 2022.
O documento revela que a aquisição de energia elétrica de origem renovável, não incluindo os resíduos sólidos urbanos, representou no ano passado 34,9% da energia injetada na rede, mais 4,6% do que em 2022.
A energia geotérmica representou 22% do valor total das energias alternativas, tendo crescido 6,3%.
Foi assim “revertida a queda registada no período homólogo em consequência do menor tempo de intervenção para manutenções mecânicas e elétricas nas centrais geotérmicas face ao ano anterior”.
A origem eólica representou 8,7%, um crescimento de 7,1 pontos percentuais, “fruto de condições climatéricas favoráveis registadas ao longo do ano”, segundo a empresa.
A EDA refere no seu relatório de contas que se “encontram em curso e em preparação investimentos no âmbito das energias renováveis” que irão permitir “aumentar o seu contributo nos sistemas elétricos dos Açores”. É o caso dos sistemas de reserva rápida do tipo BESS (Battery Energy Storage System).
Para a EDA, este investimento “reveste-se da maior importância, não apenas pela diminuição da dependência dos combustíveis fósseis, por parte da região, mas também por potenciar o aumento da sustentabilidade” da atividade da empresa.
No país, o consumo de eletricidade aumentou 3,1% em outubro, face ao mesmo mês de 2023, com as energias renováveis a abastecer 68% do total consumido, segundo dados divulgados pela REN - Redes Energéticas Nacionais e pela Adene – Agência para a Energia, em 04 de novembro.
Segundo a REN, a energia eólica foi responsável por 32,5% da produção renovável, a hídrica por 23,1%, a solar fotovoltaica por 7,2% e a biomassa por 4,7%.
As energias renováveis foram entretanto a principal fonte de eletricidade na União Europeia em 2023, de acordo com dados preliminares do Eurostat, citados pela Euronews.
As energias renováveis representaram 44,7% de toda a produção de eletricidade, um aumento de 12,4% em relação a 2022.
A eletricidade produzida a partir de combustíveis fósseis diminuiu 19,7% em comparação com o ano anterior.
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