Autor: Lusa/AO Online
“Vou atuar muito rapidamente”, logo “no primeiro dia”, prometeu Donald Trump à NBC News, afirmando querer “analisar os casos individuais””.
O republicano já tinha dado a entender que, no seu regresso à Casa Branca, a 20 de janeiro, não hesitaria em usar as suas prerrogativas presidenciais para perdoar todos os condenados pela agressão.
Na ocasião, os apoiantes de Donald Trump tentaram impedir o Congresso de certificar a vitória presidencial de Joe Biden.
Recentemente, pronunciando-se contra o perdão concedido por Joe Biden ao seu filho Hunter, o Presidente eleito referiu-se também aos que considera serem presos políticos.
“O perdão de Joe a Hunter inclui os seis reféns de janeiro, que estão presos há anos? Que abuso e erro judicial”, escreveu na sua plataforma Truth Social.
Questionado sobre se tencionava utilizar a sua prerrogativa presidencial para se perdoar a si próprio, o republicano, que foi condenado em maio e esteve envolvido noutros casos, recusou qualquer responsabilidade criminal.
“Não fiz nada de errado”, disse.
A 30 de maio de 2024, Trump foi considerado culpado em todas as 34 acusações num processo de fraude, tornando-se o primeiro Presidente dos EUA a ser condenado por um crime.
Donald Trump também atacou Liz Cheney, uma antiga política republicana que se tornou uma das suas mais ferozes opositoras, afirmando que a dirigente estava por detrás dos processos judiciais movidos contra ele, tal como os outros membros eleitos da comissão parlamentar de inquérito sobre o 06 de janeiro.
“Honestamente, deveriam ir todos para a prisão”, afirmou, assegurando que ele próprio não vai ordenar a Kash Patel, que escolheu para líder do FBI, nem a Pam Bondi, que nomeou responsável pela Justiça, que instaurem processos contra os seus opositores.
“Penso que devem investigar, mas não vou” ordenar-lhes que o façam, declarou, antes de precisar que tenciona “concentrar-se” na sua política “perfurar a qualquer custo”, destinada a aumentar a produção de petróleo nos Estados Unidos.