Açoriano Oriental
Detidos quatro alegados chefes da máfia italiana
Quatro alegados chefes da máfia, entre os quais Salvatore Lo Piccolo, sucessor do antigo líder máximo da Cosa Nostra Bernardo Provenzano, detido desde 2006, foram detidos esta segunda-feira na Sicília, disse fonte da polícia de Palermo.

Autor: Lusa / AO online
Cerca de 40 polícias, que dispararam vários tiros, entraram numa casa de campo em Giardinello, a cerca de 15 quilómetros a oeste de Palermo, onde estavam reunidos quatro alegados mafiosos, de acordo com a agência noticiosa italiana Ansa.
Trata-se de um dos mais duros golpes contra a máfia italiana desde a detenção do antigo padrinho da máfia siciliana Bernardo Provenzano, detido em Abril de 2006 na Sicília após 43 anos de fuga à justiça.
Salvatore Lo Piccolo, 65 anos, em fuga há 23 anos, é considerado o novo chefe da Cosa Nostra, depois de ter conseguido afastar Matteo Messina Denaro, um dos possíveis sucessores de Provenzano.
Os quatro homens, que se encontravam armados no momento da detenção, fazem parte da lista das 30 pessoas mais procuradas em Itália.
De acordo com os meios de comunicação social italianos, a operação policial não causou feridos.
A polícia deteve, além de Salvatore Lo Piccolo, o filho Sandro, que fugia às autoridades há dez anos, Andrea Adamo e Gaspare Pulizzi, de acordo com a Ansa.
Dinheiro e armas foram encontrados na casa onde decorreu a reunião.
"Estamos muito satisfeitos. Os detidos não são apenas fugitivos, mas chefes mafiosos", sublinhou o procurador de Palermo Francesco Messineo.
"Agora, podemos esperar consequências positivas no que diz respeito ao desmantelamento do aparelho criminoso" da máfia, acrescentou, citado pela Ansa.
"Este é um importante resultado. Há muito tempo que procurávamos" estes homens, sublinhou o prefeito da polícia de Palermo, Giuseppe Caruso.
A polícia deteve ainda dois outros alegados mafiosos durante a operação.
O volume de negócios das máfias italianas, das quais a Cosa Nostra é uma das mais poderosas, eleva-se a nove mil milhões de euros, ou seja, o equivalente a 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) de Itália, de acordo com um recente estudo publicado pela associação de empresários e comerciantes italianos Confesercenti.
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