Autor: Lusa/AOonline
Contactado telefonicamente pela Agência Lusa, o embaixador de Portugal na Tailândia, António de Faria e Maya, separa dois aspectos distintos na vida em Banguecoque.
"Do ponto de vista da segurança e ordem públicas, a situação é, por enquanto, de tranquilidade para qualquer residente ou turista, mas continua a ocupação da sede do governo e, pela segunda vez, o bloqueio do parlamento em manifestações mobilizadas pelo PAD", disse.
O diplomata português sublinha "não existirem razões, nem é previsível que venham a existir, a manterem-se os limites do actual cenário de conflitualidade política, para que os cidadãos nacionais cancelem ou adiem viagens para a Tailândia".
Mas deixa um alerta: serem "evitados os locais, já perfeitamente identificados, de grande ajuntamento de manifestantes ou concentração de forças policiais".
Faria e Maya escusou-se a comentar a situação política, mas um residente de Banguecoque explicou telefonicamente à agência Lusa que a cidade vive em dois mundos diferentes.
"Estamos todos a viver um dia normal, mas politicamente há uma grande tensão no país que é mais visível na capital", disse.
Com uma "divisão profunda no país", a Tailândia tem um Governo constitucionalmente democrático que resulta das eleições de Dezembro passado e "um grupo civil que pretende derrubar o Executivo e que é apoiado por uma classe dominante que não quer perder o poder", explicou a fonte.
"Como é que se podem passar meses e meses em manifestações se não houver fundos oriundos de quem esteve até agora no controlo político e económico do país?", questionou.
Para este cidadão de Banguecoque, que não quer ser identificado, a Tailândia "precisava de uma terceira força que estivesse integrada na legalidade constitucional e que fosse isenta e limpa de um passado de corrupção, abuso de poder, promiscuidade entre os poderes político e económico".
Entre a crise provocada pela Aliança do Povo para a Democracia - que em Maio iniciou uma campanha de combate ao Governo acusando-o de ser uma continuidade das políticas e corrupção de Thaksin Shinawatra - e o Governo eleito estão ainda as Forças Armadas, que usaram o seu poder para destituir Shinawatra mas que agora recusam "intervir na situação".
"A não ser que haja um descontrolo muito grande da situação, o que não é previsível, as Forças Armadas não vão intervir, o que poderá fazer com que a situação se arraste por alguns meses", disse a fonte.
"Do ponto de vista da segurança e ordem públicas, a situação é, por enquanto, de tranquilidade para qualquer residente ou turista, mas continua a ocupação da sede do governo e, pela segunda vez, o bloqueio do parlamento em manifestações mobilizadas pelo PAD", disse.
O diplomata português sublinha "não existirem razões, nem é previsível que venham a existir, a manterem-se os limites do actual cenário de conflitualidade política, para que os cidadãos nacionais cancelem ou adiem viagens para a Tailândia".
Mas deixa um alerta: serem "evitados os locais, já perfeitamente identificados, de grande ajuntamento de manifestantes ou concentração de forças policiais".
Faria e Maya escusou-se a comentar a situação política, mas um residente de Banguecoque explicou telefonicamente à agência Lusa que a cidade vive em dois mundos diferentes.
"Estamos todos a viver um dia normal, mas politicamente há uma grande tensão no país que é mais visível na capital", disse.
Com uma "divisão profunda no país", a Tailândia tem um Governo constitucionalmente democrático que resulta das eleições de Dezembro passado e "um grupo civil que pretende derrubar o Executivo e que é apoiado por uma classe dominante que não quer perder o poder", explicou a fonte.
"Como é que se podem passar meses e meses em manifestações se não houver fundos oriundos de quem esteve até agora no controlo político e económico do país?", questionou.
Para este cidadão de Banguecoque, que não quer ser identificado, a Tailândia "precisava de uma terceira força que estivesse integrada na legalidade constitucional e que fosse isenta e limpa de um passado de corrupção, abuso de poder, promiscuidade entre os poderes político e económico".
Entre a crise provocada pela Aliança do Povo para a Democracia - que em Maio iniciou uma campanha de combate ao Governo acusando-o de ser uma continuidade das políticas e corrupção de Thaksin Shinawatra - e o Governo eleito estão ainda as Forças Armadas, que usaram o seu poder para destituir Shinawatra mas que agora recusam "intervir na situação".
"A não ser que haja um descontrolo muito grande da situação, o que não é previsível, as Forças Armadas não vão intervir, o que poderá fazer com que a situação se arraste por alguns meses", disse a fonte.