Açoriano Oriental
Consumo de energia na Região subiu 2,7% em 2024

Segundo a EDA, registou-se um maior consumo de energia elétrica em 2024, comparativamente com o mesmo período do ano transato (+2,7%). Neste ano a missão de energia subiu 3,1% em termos homólogos

Consumo de energia na Região subiu 2,7% em 2024

Autor: Rafael Dutra

O consumo de energia elétrica no ano de 2024 na Região Autónoma dos Açores atingiu os 808,7 GWh (gigawatts-hora), o que equivale a um aumento de 2,7% em comparação com o ano anterior, de acordo com o relatório Procura e Oferta de Energia Elétrica (POEE) relativo ao mês de dezembro de 2024, divulgado ontem pela EDA.

Neste documento consultado pelo Açoriano Oriental, a empresa aponta que, relativamente ao consumo total destaca-se o peso de comércio e serviços (incluindo serviços públicos) com 44,5%, os usos domésticos que representam 37,3% e os usos industriais com 16,1%.

Em comparação com o ano transato, verificou-se aumentos da proporção do consumo doméstico e do comércio/serviços de energia face ao consumo total.

O peso total do consumo doméstico aumentou 0,6%, já no peso do consumo de comércio e serviços registou-se um acréscimo de 0,4%. Por outro lado, verificou-se quebras no peso do consumo de energia das indústrias (-0,6%) e dos serviços públicos (-0,2%).

Nos Açores, de janeiro a dezembro de 2024, verificou-se um crescimento da emissão de energia de 3,1% em termos homólogos.

“No período em análise, a emissão de energia elétrica na área de influência da EDA, ascendeu aos 861.226 MWh (megawatts-hora), sendo 20,6% geotérmica, 3,8% hídrica, 7,7% eólica, 0,5% solar, 1,6% RSU (resíduos sólidos urbanos), 0,2% biogás e 65,7% de origem térmica, da qual 58,4% foi obtida de emissão a fuel e 7,4% de emissão a gasóleo”, é possível ler no relatório.

No ano em análise, é possível assinalar uma redução na emissão da principal energia renovável na Região: a geotérmica. Houve um decréscimo desta energia de 3,4% em comparação com igual período do ano anterior, sendo que representou 20,6% da emissão total da EDA, 35,6% da ilha de São Miguel e 3,7% da ilha Terceira.

Segundo a EDA, em 2024 verificou-se um crescimento de 5,5% de emissão de energia hídrica e um decréscimo de 9,6% de emissão de energia eólica, face ao período homólogo.
“Estes dois tipos de energia passam a representar, neste período, 11,4% da emissão total. As variações normalizadas correspondem a -5,2% e -9,9% respetivamente”, prossegue a empresa no relatório.

A empresa acrescenta ainda que o valor apurado relativamente ao nível de perdas total foi de 8,2%. 

“Já no contexto dos centros produtores, o nível de perdas foi de 3,4%, enquanto nas redes este atingiu os 5,8%”, conclui a EDA neste relatório.

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