Autor: Lusa/AO Online
“São milhões de pessoas que ficam afetadas e, sobretudo, são os mais pobres, as crianças e os mais débeis aqueles que pagam a fatura mais dramática” dos conflitos, disse o também bispo de Leiria-Fátima, em Roma, onde participa nos trabalhos do Sínodo dos Bispos que decorre até 27 de outubro.
José Ornelas anunciou o lançamento da campanha, sem adiantar pormenores, ao comentar a jornada de oração e jejum pela paz convocada pelo Papa Francisco para os este domingo e segunda-feira.
O jejum é “um gesto simbólico que se deve traduzir em real compaixão e solidariedade com aqueles que são atingidos por estes conflitos”, disse o prelado português, citado pela agência Ecclesia, adiantando que as populações afetadas são “vítimas do que a própria humanidade faz”.
O vice-presidente da CEP, Virgílio Antunes, bispo de Coimbra, que também se encontra a participar nos trabalhos sínodo, recordou os “povos que sofrem e que morrem”, desejando que o mundo “se possa converter, mudar de atitude”.
“Há um respeito absolutamente necessário, que todos temos de cultivar, e se isso acontecesse, a guerra teria fim”, adiantou o bispo.
O Papa, na quarta-feira, missa de abertura da Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos, que decorre em Roma até 27 de outubro, convocou todos os fiéis a rezarem pela paz no mundo, nos próximos domingo e segunda-feira.
Este domingo, o Papa Francisco rezará o terço na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em conjunto com os participantes da assembleia sinodal. Para o dia seguinte está convocada um dia de oração e jejum pela paz no mundo.
A CEP apelou à participação dos cristãos na jornada de oração pela paz no mundo, o mesmo acontecendo com o cardeal Américo Aguiar, para quem “é urgente” que os cristãos saiam do seu “conforto e segurança” e sejam “solidários com os que sofrem a guerra, seja na Terra Santa, na Ucrânia, em Myanmar, no Sudão, seja em tantos outros locais do mundo onde a guerra é o quotidiano da vida”.
Também o patriarca de Lisboa, Rui Valério, já veio a público considerar que “as guerras que estão a acontecer pelo mundo ferem o coração da humanidade”
“Não podemos ser indiferentes aos mortos, aos reféns, às crianças que perderam os pais e a tantas pessoas que de forma direta ou indireta sofrem por causa dos conflitos armados”, escreveu o patriarca.