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Jogos Paralímpicos
Comitiva Paralímpica portuguesa parte para Pequim
Quatro voos partiram de Lisboa para iniciar a viagem da Comitiva Paralímpica portuguesa até Pequim, uma missão que inclui na bagagem muita vontade de “dar tudo por tudo” e provar que o empenho humano desconhece limitações.
Comitiva Paralímpica portuguesa parte para Pequim

Autor: Lusa/AO online
    A nove dias do início do maior evento mundial para desportistas com deficiência, que decorre entre 06 e 17 de Setembro na capital chinesa, os 35 atletas nacionais, que vão competir em sete modalidades, partiram “sem número” de vitórias definido, mas com a promessa de honrar o país.

    “Normalmente trazemos medalhas. Desta vez também vamos trazer, mas é difícil estar a quantificar”, disse à Agência Lusa Raúl Cândido, da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDF), que integrou o grupo que partiu no último voo, com 27 elementos.

    De acordo com o dirigente, a atitude será a melhor: “sabemos que as pessoas estão sequiosas de êxito. O que prometemos é dar tudo o que temos para dar, já que a concorrência é cada vez mais forte e os outros países estão tão bem preparados como nós. Tudo pode ser decidido em segundos”.

    José Monteiro, que vai correr os 800 e os 1.500 metros na classe motora e arrecadou a medalha de prata nos Paralímpicos de 2000, em Sidnei, e Gabriel Macchi, maratonista estreante, partilharam a expectativa do responsável, antes da partida.

    “Estou na minha melhor forma de sempre, mas não tenho de sair medalhado. O primeiro objectivo é passar à final e aí sim, será possível vencer”, afirmou José Monteiro.

    Gabriel Macchi, que se viu impedido de realizar alguns estágios durante os seis meses de preparação, devido à falta de apoios financeiros, confirmou: “o objectivo é fazer o melhor possível, o que quero é chegar ao fim com a sensação de ter dado tudo por tudo”.

    Segundo Raúl Cândido, a falta de apoios financeiros é algo frequente no desporto paralímpico, mas que pode ser reduzido à medida que os resultados forem melhorando e que haja, por consequência, uma maior possibilidade de “reivindicar” financiamento.

    O responsável garante, no entanto, que a actividade está a conquistar cada vez mais respeito e admiração da parte do público, evidentes no aumento do número de modalidades e das participações de mulheres e jovens.

    “Há uma crescente afirmação positiva e é esta a nossa mensagem nestes Jogos, a de que vale a pena ser atleta, vale a pena haver esforço, independentemente de qualquer limitação”, concluiu Raúl Cândido.

    A Comitiva Paralímpica Portuguesa vai competir em natação, atletismo, vela, boccia, ciclismo, equitação e remo (sete das vinte modalidades), depois de a sua antecessora, com 41 atletas, ter trazido 12 medalhas dos Jogos de 2004, em Atenas.
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