Autor: Lusa/AO Online
Segundo fonte partidária, "houve unanimidade quanto ao conteúdo" do texto, já depois de não terem existido "objeções" durante o esclarecimento e a discussão sobre o teor do entendimento para uma alternativa governativa protagonizada pelos socialistas e com apoio parlamentar também do Bloco de Esquerda (BE) e “Os Verdes" (PEV).
O secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, já tinha avançado, pelas 19:00, com a ratificação do acordo por parte do órgão dirigente alargado do PCP, reafirmando ainda a decisão do PCP de apresentar moção de rejeição ao programa de Governo PSD/CDS.
O líder do PCP assegurou que os comunistas contribuirão para "uma solução duradoura" e, desafiado a especificar tal duração, garantiu que um futuro executivo liderado pelo secretário-geral do PS, António Costa, tem condições de "entrada em funções" para adotar uma "política que crie uma solução duradoura na perspetiva de uma legislatura", pois, "enquanto o regimento não for alterado, uma legislatura será de quatro anos".
Costa e restantes membros da Comissão Política, além dos grupos parlamentares de São Bento e do Parlamento Europeu, entre os quais o contestatário Francisco Assis, entre outras vozes dissonantes, estão reunidos na sede nacional do PS, igualmente para ratificar os acordos estabelecidos com BE, PCP e PEV.
No comunicado final, o Comité Central comunista salienta a importância da manifestação convocada pela CGTP para o último dia do debate (terça-feira) sobre o programa do Governo, na Assembleia da República, bem como "a justeza da decisão do PCP de apresentar a candidatura [presidencial] de Edgar Silva, a qual "mostra com clareza o seu papel essencial e insubstituível" naquela "batalha política".