Açoriano Oriental
Covid-19
Chega/Açores quer melhor organização das medidas de combate à pandemia

O Chega dos Açores considerou que as medidas de contenção da covid-19 "recentemente impostas pelo Governo Regional" devem ser melhor organizadas e contrastar com as "medidas avulsas" aplicadas "pelo desgastado governo cessante" do PS.

Chega/Açores quer melhor organização das medidas de combate à pandemia

Autor: Lusa/AO Online

A direção regional do partido sublinha, numa nota de imprensa, que não concorda que estejam ainda a ser implementadas "as mesmas soluções que foram experimentadas no início da pandemia", estando "a região e o país perante este problema de saúde pública há quase um ano".

O Chega Açores defende, por isso, "um plano de base a médio prazo, capaz de tranquilizar a população e que permita aos empresários, alguma previsibilidade das suas atividades e gestão consensual dos seus recursos humanos, num horizonte temporal satisfatório, assim como aos profissionais do ensino, que atualmente não têm condições de levar a efeito um trabalho devidamente programado para um ano letivo".

O Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, implementou, a partir de hoje, novas medidas de contenção da covid-19 na ilha de São Miguel, como limitação de ajuntamentos, recolher obrigatório, limitação de horário de restaurantes e lojas, e encerramento de escolas.

Estas medidas vão-se manter durante o período do novo estado de emergência, até 15 de janeiro, e serão aplicadas apenas à maior ilha dos Açores onde se têm registado mais casos de covid-19.

No entender do Chega, que tem dois deputados no parlamento açoriano, "a falta de informações credíveis e a desorganizada implementação de medidas ao longo do ano transato, foram as principais razões para o insucesso do combate ao vírus covid-19".

"Considerando que a conclusão do processo de vacinação, ainda está longe de ser concluído, entende o Chega Açores que já deveria estar implementado um plano de atuação para os próximos meses, que fracionasse a população e utilizadores, permitindo assim a frequência dos estabelecimentos de ensino, dos serviços, do comércio e de tantas outras atividades por um menor número de pessoas, evitando-se assim concentrações excessivas, ao contrário do que acontece atualmente", sustenta o partido.

O Chega/Açores alerta que, "quando se diminui o número de horas de funcionamento de comércio e serviços, aumenta-se a carga de utilizadores por hora, inversamente ao que se pretende".

"No nosso entender, será mais adequado manter ou aumentar as horas e ou os dias de funcionamento, da mesma forma que (por exemplo) programando-se o ensino presencial de forma fracionada, também se diminui a possibilidade de criação de grandes cadeias de contágio", aponta a nota de imprensa, assinada pelos dois deputados do Chega no parlamento açoriano Carlos Furtado (que é também o presidente do partido na região) e José Pacheco.

Para o Chega, "a situação atual só existe porque houve inicialmente um alarme social excessivo, que depois foi sendo progressivamente desvalorizado pela população", alertando que, "fruto disso, as pessoas já perderam o pavor inicial a esta pandemia, justamente na altura em que estamos na fase mais critica, motivada pelo crescimento normal e exponencial" de casos.

Por outro lado, o partido assinala que "esta realidade atual" coloca "ainda mais a descoberto a injustiça social" no país, apontando para "as diferenças de regalias entre os funcionários públicos e privados, entre as quais o 'lay off'".


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