Açoriano Oriental
Bispo de Angra pede que não se esqueçam as vítimas de abusos

Na mensagem de Páscoa de D. Armando Esteves afirma que “o sol está sempre por detrás das nuvens mais densas” e que “há ressurreição por detrás da morte”

Bispo de Angra pede que não se esqueçam as vítimas de abusos

Autor: Ana Carvalho Melo

O Bispo de Angra pede na sua Mensagem de Páscoa que “as vítimas inocentes de abusos” não fiquem relegadas para posição secundária ou até ao esquecimento.

“Tenho no coração e rezo por todos os que vivem mergulhados no sofrimento, na solidão, no esquecimento ou no desespero da pobreza, da falta de casa, de pão ou trabalho”, afirma D. Armando Esteves, que continua: “Não esqueço, este ano, as vítimas inocentes dos abusos, esses irmãos e irmãs nossos que correm o risco de, no meio de toda a babel da comunicação e discussões secundárias, serem relegadas para posição secundária ou até ao esquecimento”.

“Não o queremos nem podemos deixar que aconteça”, frisa.

Numa mensagem em que compara as mudanças no estado do tempo à vida, o bispo de Angra começa por afirmar que “para quem está habituado a períodos longos de sol ou de chuva, causa algum espanto, nestas belas terras açorianas, ter, num só dia, o sol, a chuva, o nevoeiro… as quatro estações”.

“Apetece pedir que o sol fique e brilhe todos os dias! Também na vida pessoal, profissional ou familiar se passa algo semelhante. Nem tudo é branco ou preto, só alegria ou só tristeza. E é por isso que se torna bela e desafiante a vida do crente, porque sabe que há sempre uma vitória a conquistar por detrás de um fracasso, que há uma alegria escondida por detrás das duras provas da vida, que o sol está lá sempre por detrás das nuvens mais densas, que há ressurreição por detrás da morte”, afirma.

Nesta mensagem, deixa ainda um apelo aos sacerdotes, a quem convida “a levar o perfume de Cristo ressuscitado até à solidão, à miséria e à dor de tantos irmãos e irmãs, derrubando a pedra da indiferença”.

“Que Ele seja fonte da mais verdadeira felicidade e impulso para fazer da existência uma vida de serviço humilde, sem esperar recompensa”, pede.

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