Autor: Susete Rodrigues/AO Online
António Lima, deputado do BE, que visitou o Centro de Saúde de Velas referiu, citado em nota, que a alternativa à deslocação regular de médicos especialistas às ilhas sem hospital tem sido o recurso à deslocação de doentes, uma situação que podia muitas vezes ser evitada se houvesse mais consultas de especialidade na própria ilha.
“Além de ser um transtorno para os doentes, a deslocação aos hospitais tem custos acrescidos para o Serviço Regional de Saúde”, o que não é positivo nem para os doentes, nem para a gestão do dinheiro público.
As preocupações do Bloco de Esquerda relativamente à saúde nas ilhas sem hospital não ficam por aqui. “Há uma elevada rotatividade de enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e médicos”, alerta o deputado.
Para resolver este problema e dar estabilidade aos profissionais de saúde, é importante criar condições para que se fixem em cada uma das ilhas, porque só isto permite ter um “conhecimento melhor da comunidade, e uma melhor integração nas equipas profissionais”.
Em São Jorge, especificamente, há a necessidade de preparar a substituição de médicos que estão em vias de sair, quer por situação de passagem à reforma, quer por outras situações.
“Estes processos têm que ser feitos atempadamente. Não podemos esperar que as pessoas se vão embora para iniciar estes procedimentos. Principalmente porque, agora, devido à pandemia, existe uma maior dificuldade em contratar profissionais de saúde, porque eles são procurados por todo o país”, disse o deputado do BE.
António Lima falou ainda do problema das longas listas de espera para cirurgias e consultas, que obriga as pessoas a esperar “semanas, meses ou anos sem fim, por uma consulta”, e que tem implicações muito complicadas na saúde das pessoas.