O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes anunciou sexta-feira que prevê entregar em Janeiro as 2.500 assinaturas necessárias para a convocação de um congresso.

Carlos Pinto esclareceu hoje à Agência Lusa que o movimento em curso em diferentes municípios “surgiu previamente” na sequência de encontros de autarcas do partido a 7 e 21 de Novembro na Covilhã e Cantanhede, respectivamente.

Na altura, quinze autarcas subscreveram um comunicado solicitando à Comissão Política Nacional a convocação de um congresso extraordinário. Ao pedido juntou-se a recolha de assinaturas “que se iniciou na passada semana, nas estruturas da Covilhã”, referiu Carlos Pinto em comunicado.

“A recolha já está a decorrer também nas estruturas do partido de outros concelhos”, acrescentou à Lusa.

No documento que hoje divulgou, o autarca da Covilhã defende que um congresso extraordinário “deve traduzir-se numa efectiva renovação e reforço [do partido] perante os portugueses”.

Carlos Pinto refere que o PSD está numa “situação de impasse” que continuará se “o partido não retirar a lição dos últimos acontecimentos no quadro estatutário vigente e, antes das eleições internas, não retomar os Congressos de debate e análise”.

“A recolha de assinaturas deve conduzir à realização do congresso nas primeiras semanas do próximo ano”, concluiu.

De acordo com o comunicado, os quinze autarcas que em Novembro subscreveram o pedido de convocação de um congresso são os de Cantanhede, Cascais, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Trancoso, Portalegre, Mafra, Arganil, Penalva do Castelo, Montemor-o-Velho, Almeida, Pedrógão Grande, Vila Nova da Famalicão, Fornos de Algodres e Santa Maria da Feira.