Autor: Ana Carvalho Melo
A investigação apurou que os idosos, sem doenças, que praticam regularmente uma atividade física reduzem o seu risco de demência de origem vascular em 40% e em 60% o de comprometimento cognitivo de qualquer etiologia.
O efeito protetor de uma regular atividade física manteve-se, independentemente da idade, educação, alterações na massa branca do cérebro e do historial de acidente vascular cerebral ou diabetes, segundo os investigadores, liderados pela portuguesa Ana Verdelho.
A conclusão é baseada num estudo europeu prospetivo multinacional que incluiu avaliações cognitivas durante três anos.
Os resultados apontam para uma evidência cada vez maior de que a atividade física regular promove a saúde cerebral, afirmam os autores do estudo.
“Recomendamos fortemente uma atividade física de intensidade moderada e durante pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, para evitar o prejuízo cognitivo”, disse Ana Verdelho, investigadora na área das neurociências no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
A medida reveste-se de particular importância para pessoas com fatores de risco vascular como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e diabetes.
A investigação abrangeu 639 pessoas com idades entre os 60 e os 70 anos, dos quais 55% eram mulheres.
Dos inquiridos, 64% afirmaram-se ativos pelo menos durante 30 minutos por dia, três dias por semana. A atividade incluía ginásios, caminhadas e bicicleta.