Açoriano Oriental
Associação debate questões sociais
A promoção de debates e colóquios sobre temas de interesse público de âmbito regional e nacional,  é o principal objectivo da associação “Ilhas em Movimento”.
Associação debate questões sociais

Autor: Luís Pedro Silva
O movimento associativo é liderado pelo advogado Ricardo Pacheco, congregando elementos simpatizantes das principais forças partidárias, e pretende começar por abordar o analfabetismo nos Açores, porque “cerca de 10 por cento da população açoriana é analfabeta”, salienta o responsável da associação.
A diminuição da taxa de pessoas que não sabem ler, nem escrever, será importante para permitir um desenvolvimento  integrado dos Açores.
“Se queremos que a região siga os parâmetros nacionais e comunitários precisamos de melhorar a instrução das pessoas”, clarifica Ricardo Pacheco.
O líder da associação justifica que a associação “pretende fazer aquilo que os partidos políticos não têm feito”, admitindo que “a luta contra o analfabetismo não está a ser conseguida de forma incisiva e rigorosa por ninguém”.
“Isto não é uma crítica ao actual governo, porque acontece desde os princípios do século passado, sendo que desde o início da autonomia até aos nossos dias, pouco ou muito pouco se conseguiu no combate à redução da percentagem da nossa população analfabeta. Nós continuamos com dez por cento da população analfabeta e isto é chocante e revelador de ausência de uma política séria no combate a este flagelo. Vamos para muitos países europeus e a taxa de iliteracia é muito inferior à existente nos Açores”, frisa.
O movimento não pretende agir contra nenhum partido ou governo, porque conta com a participação de militantes dos principais partidos na Região, existindo um grande interesse da comunidade em participar nos debates sobre os problemas dos Açores.
“As reuniões vão ser abertas a todas as pessoas, porque é importante retirar a sociedade civil do marasmo. Nos Açores, verificamos que ninguém discute rigorosamente nada e os únicos fóruns realizados são iniciativas do governo ou autarquias, porque a sociedade civil está um pouco amorfa”, afirma Ricardo Pacheco.
A associação “Ilhas em Movimento” não está ligada a nenhum partido e pretende “colocar em movimento o nosso espírito e  pensamento, porque entendemos que a sociedade está estagnada, parecendo que as pessoas têm medo de falar sobre os assuntos”.
A associação pretende alargar os seus temas de debate a áreas culturais, sociais, económicas e jurídicas.
O projecto “Ilhas em Movimento” foi criado em São Miguel e pretende realizar eventos em todas as ilhas. 
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