Açoriano Oriental
Agricultura
António Costa ressalva importância de parques hortícolas em tempo de crise
O primeiro parque hortícola de Lisboa abriu hoje ao público na Quinta da Granja (Benfica) com a presença do presidente da Câmara Municipal, António Costa, que destacou a importância da criação destes espaços em tempos de crise.
António Costa ressalva importância de parques hortícolas em tempo de crise

Autor: Lusa/AO online

“Este é o primeiro parque hortícola dos vários que estamos a fazer nos jardins de Campolide, nos Olivais, no Vale de Chelas, um pouco por toda a cidade”, disse o autarca. Para António Costa, é importante dar-se “um outro uso aos solos e chamar a atenção que a sustentabilidade da cidade não passa só por se ter árvores que sejam boas para a paisagem e bons emissores de CO2, mas é importante também para a produção hortícola”. “Não há cidade sem alimentação e não há alimentação sem produção”, acrescentou. A câmara de Lisboa colocou a concurso 20 talhões de 150 metros quadrados no parque da Quinta da Granja e outros 20 em Campolide e recebem 500 candidaturas. Segundo o presidente da autarquia, “isso demonstra bem a apetência que as pessoas têm e como nesta época de crise para muitas famílias a questão da sustentabilidade não é só teórica” Também presente na inauguração, o vereador Sá Fernandes (Ambiente Urbano e Espaços Verdes) destacou que, no final de 2012, Lisboa vai ter “uma série de parques hortícolas”. “Estou muito satisfeito com esta obra. É o primeiro parque hortícola feito de raiz”, disse o vereador. Por seu lado, o arquiteto Gonçalo Sá Fernandes, grande defensor da criação destes espaços, assumiu que “é um sonho que se tornou uma realidade”. “E espero que seja uma referência para que as pessoas percebam o que é a cidade do século XXI e a cidade que aí vem. A cidade que aí vem tem de ter uma relação cidade-campo para que ambas as formas de humanização do território possam subsistir”, defendeu. O arquiteto considerou ainda importante que este projeto se alargue a toda a Área Metropolitana de Lisboa e não se concentre apenas na cidade. O parque hoje inaugurado tem 38 talhões para uso agrícola, cada um com 150 metros quadrados, casas de arrumos e acesso a água.  Inclui ainda caminhos pedonais, bancos e um troço de pista ciclável com 400 metros que assegura a ligação entre a avenida Colégio Militar e a avenida Marechal Teixeira Rebelo. Dos talhões, 18 estão ocupados por hortelões que cultivavam aquele terrenos há vários anos, destinando-se os restantes 20 aos vencedores de um concurso lançado pela Câmara de Lisboa.

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