Autor: Lusa/AO Online
Em conferência de imprensa realizada, em Ponta Delgada, o secretário regional com a tutela das Relações Externas, Rui Bettencourt, declarou que esta é uma coincidência que os Açores querem "potenciar", e garantiu que há já "mais de um ano de trabalho" na preparação dos eventos para a presidência portuguesa da União.
"Para a presidência portuguesa é uma grande mais valia esta potenciação dos Açores", prosseguiu o governante, que apresentou aos jornalistas eventos a realizar na região em áreas como o mar, o espaço, a coesão ou o ambiente.
Todas as ilhas do arquipélago receberão eventos, garantiu Rui Bettencourt, embora haja uma "condicionante muito forte" que pode determinar a aplicação de um "plano b ou um plano c": a pandemia de covid-19.
O secretário regional destacou a coesão como assunto de destaque nos Açores: "Colocámos a ultraperiferia como tema importante da coesão europeia e dentro de cada região", disse.
O mar dos Açores, que representa "mais de 25% do mar da União Europeia", será também "potenciado" pela região na articulação com o Governo da República, acrescentou ainda.
Os Açores vão a eleições no final deste mês e Rui Bettencourt sublinhou que a preparação destes eventos está "para além" da sua pessoa, e "já seria tarde de mais se começasse em novembro" a ser definida a programação de eventos.
Portugal é o país que presidirá à União Europeia entre janeiro e junho de 2021, sucedendo à Alemanha, que lidera os destinos europeus até ao final deste ano.
A Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas (RUP), a que os Açores presidirão novamente a partir de novembro, por um período de um ano, é uma estrutura de cooperação política que junta os presidentes dos órgãos executivos das RUP.
O Governo dos Açores assumiu por três vezes a presidência rotativa deste organismo, a última das quais entre 2011 e 2012, ano em que o encontro do órgão se realizou na ilha do Faial.