Autor: Lusa/AO Online
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP/Açores) aponta que a estes funcionários é pedido "muito de tudo em troca de bem pouco", já que "a especificidade, abrangência, complexidade e responsabilidade das funções exigidas fazem com que estes trabalhadores exorbitem em muito aquilo que constitui o conteúdo profissional da carreira de assistente técnico".
Estes trabalhadores da RIAC têm vindo a fazer vários períodos de greve, em defesa de "uma carreira específica", alegando o sindicato que o trabalho que estes funcionários desempenham "é complexo".
Em causa está assim a exigência da criação de uma carreira especial, que permita, entre outras coisas, a valorização remuneratória daqueles trabalhadores.
O executivo açoriano tem sublinhado que não tem competência legal para criar carreiras específicas.
A RIAC abriu o primeiro espaço em 2004 e conta, atualmente, com 54 lojas nas nove ilhas dos Açores, que permitem fazer documentos de identificação pessoal ou do carro e aceder a serviços da Segurança Social, de saúde ou relacionados com o pagamento de contas de serviços públicos, entre outros.
A rede integra cerca de 100 colaboradores.
"O SINTAP e os trabalhadores em apreço, na luta por aquilo que constitui o seu direito à indignação e à defesa de um trabalho digno justamente remunerado, reivindicam uma vez mais uma postura séria e construtiva por parte da VPGRA (vice-presidência do Governo Regional dos Açores) que permita a abertura de um verdadeiro processo de diálogo e negociação coletiva, que ouça e equacione as suas justas reivindicações", sustenta o comunicado enviado hoje às redações.
O SINTAP/Açores salienta que "argumentar que a região não possui competências, que não pode criar aqui uma situação de precedente discriminatório em relação à carreira de assistente técnico é de uma superficialidade, cinismo e demagogia condenáveis, por permitir aquilo que o Governo Regional pretende combater: a utilização de mão-de-obra qualificada com recurso a baixos salários".