Açoriano Oriental
Sistema de Segurança Interna considerou "inédita" operação na Conferência dos Oceanos

Mais de 2.000 polícias estiveram envolvidos na segurança da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorreu na semana passada em Lisboa, uma operação que o secretário-geral do sistema de segurança interna considerou “inédita” e “muito complicada”.

Sistema de Segurança Interna considerou "inédita" operação na Conferência dos Oceanos

Autor: Lusa/AO Online

“Foi um exercício muito complicado que envolveu muitas entidades, não só do sistema de segurança interna, mas também das entidades aeronáuticas, INEM, bombeiros, serviços de informação”, disse Paulo Vizeu Pinheiro em conferência de imprensa de balanço da atuação das forças de segurança na Conferência dos Oceanos e no Fórum do Banco Central Europeu, que decorreram na semana passada em Lisboa e Sintra.

Estes dois eventos mobilizaram efetivos da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública para proteger as instalações onde se realizaram e as deslocações dos mais de 7.000 participantes, além de terem obrigado também a mobilizar efetivos dos serviços de informações e contaram com a participação da Interpol e da Europol.

O secretário-geral do sistema de segurança interna considerou o plano de segurança da Conferência dos Oceanos “inédito porque houve uma transferência de soberania”, passando a zona do Altice Arena, onde decorreu a cimeira, a estar sob a jurisdição da Nações Unidas.

“Isto aconteceu pela primeira vez em Portugal”, disse, considerando que “foi um exercício que dignificou o país”.

Questionado sobre os motivos da conferência de imprensa de balanço, uma vez que não se registou qualquer incidente, Paulo Vizeu Pinheiro afirmou que a preparação destes eventos “envolveu muito trabalho prévio, muita programação, muitos estudos de avaliação de risco e um acompanhamento de permanente”.

“As boas notícias, ou mesmo quando não são notícias, devem ser faladas”, frisou, fazendo um balanço “muito positivo” em que todos trabalharam “em conjunto, maximizando as capacidades, mesmo quando são exercícios tão complicados e com tantos países de todos os continentes” envolvidos.

Na conferência de imprensa, o diretor nacional da PSP avançou que estiverem envolvidos na segurança da Conferência dos Oceanos 2.196 polícias dos comandos de Lisboa, Porto, Setúbal e Faro, bem como elementos da Unidade Especial de Polícia.

Como exemplo, referiu que os polícias do Corpo de Segurança Pessoal acompanharam 1.127 deslocações de entidades estrangeiras, além de se terem realizado em cinco dias 13 manifestações, uma das quais não foi comunicada.

Por sua vez, a GNR envolveu 568 militares na segurança do Fórum do Banco Central Europeu.

Já o ministro da Administração Interna enalteceu “o espírito de cooperação institucional” e agradeceu aos profissionais das forças e serviços de segurança que participaram nesta operação de segurança.

José Luís Carneiro destacou igualmente o papel do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna na coordenação e supervisão desta operação.

“Portugal constituiu um exemplo na forma como organizou num quadro muito complexo”, disse ainda.


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