Os 2 avaliadores da UNESCO, Goran Radonic - do Papuk Geoparque Mundial da UNESCO, na Croácia - e Egídio Calabrese - do Pollino Geoparque Mundial da UNESCO, em Itália, estão nos Açores até 23 de julho para avaliar o trabalho desenvolvido pelo Geoparque Açores nos últimos dois anos, bem como o nível de excelência do seu território.

Alonso Miguel destacou que “este é um momento importante para a manutenção da classificação de Geoparque Mundial da UNESCO, depois de atribuído o cartão amarelo pela UNESCO ao Geoparque Açores, resultado da última avaliação em 2021, referente ao quadriénio anterior”.

“Para continuar a garantir a relevância do Geoparque Açores, a Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas assumiu a presidência da GEOAÇORES - Associação Geoparque Açores, no sentido de reforçar o compromisso do Governo Regional dos Açores nesta missão e de reafirmar empenho na manutenção do estatuto como Geoparque Mundial da UNESCO”, salientou ainda.

O Secretário Regional da tutela do ambiente afirmou que, “o Geoparque Açores desenvolveu um conjunto de ações e atividades para dar resposta às recomendações efetuadas pela UNESCO no relatório da última avaliação”.

“A visibilidade no território, envolvimento com os parceiros e compromisso com as autoridades Regionais e Locais foram as principais recomendações da UNESCO”, acrescentou.

A missão de avaliação percorreu as ilhas de São Miguel, Graciosa e Terceira para conhecer o património natural e cultural dos Açores, com particular destaque para o património geológico, bem como as distintas realidades entre ilhas e suas comunidades.

No geossítio de relevância internacional da Caldeira do Vulcão das Furnas, a comitiva de avaliação da UNESCO, teve a oportunidade de visitar o campo fumarólico, a freguesia das Furnas e os diversos parceiros naquele local, bem como verificar o envolvimento da comunidade com o Geoparque Açores.

Na ilha Graciosa, os avaliadores realizaram a Rota Urbana da Vila de Santa Cruz e visitaram, entre outros locais, o geossítio de relevância internacional da Caldeira e Furna do Enxofre. Na ilha Terceira, o miradouro da Serra do Cume, Monte Brasil e a freguesia dos Biscoitos foram alguns dos locais escolhidos para apresentar aos avaliadores.

O resultado da avaliação, agora realizada, será conhecido no início da primavera do próximo ano, que segundo o Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, “o Geoparque Açores tem reunidas todas as condições para a obtenção de um cartão verde e revalidar a classificação de Geoparque Mundial da UNESCO por um período de mais quatro anos”.

Constituída em 2010, a Geoaçores representa a estrutura de gestão do Geoparque Açores e tem como sócios fundadores os quatro grupos de ação local - ARDE, ASDEPR, ADELIAÇOR e GRATER – e o Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, que preside.

O território do Geoparque Açores corresponde às nove ilhas e área marinha envolvente, materializando-se em cerca de 13 000 Km² de área – 9 ILHAS – 1 GEOPARQUE. Assenta numa rede de 121 geossítios terrestres e marinhos, dos quais 6 são de relevância internacional, que atestam a riqueza do nosso território, asseguram a representatividade das riquezas geológicas da região e têm associadas estratégias de desenvolvimento e conservação adequadas a cada um.