Autor: Ana Carvalho Melo
O Partido Socialista e o Bloco de Esquerda consideram insuficiente que o hospital modular, para já, apenas vá responder aos casos de urgência de menor complexidade, criticando a ação do executivo regional.
Para a
deputada socialista Sandra Costa Dias, que participou na visita
realizada no sábado ao hospital modular, as promessas do governo não
foram cumpridas.
“Esta solução foi apontada como estando pronta a 31 de agosto, com o Serviço de Urgência e o hospital modular definitivamente prontos, e hoje o que assistimos é à inauguração de apenas uma parte que dá resposta a situações menos urgentes”, afirmou aos jornalistas.
Também para o deputado do Bloco de Esquerda António Lima, o compromisso do presidente do Governo não foi cumprido.
“São Miguel irá continuar, pelo menos até ao final de outubro, sem um serviço de urgência concentrado num único local e com capacidade de resposta a todas as situações, das mais ligeiras às mais graves. E esse compromisso do Governo não foi cumprido. O presidente do Governo assumiu esse compromisso e não o cumpre”, afirmou.
Por sua vez, a deputada
social-democrata, Délia Melo, que participou nesta visita representando a
coligação de governo liderada pelo PSD, destacou o trabalho já
realizado.
“É uma estrutura que foi solicitada desde o início pela
direção técnica, que é quem estava a trabalhar diretamente com os
utentes e os profissionais de saúde. Esta direção estabeleceu esta ponte
e sentiu esta necessidade, e foi de facto um pedido das bases que foi
atendido pela tutela. Hoje, temos aqui um espaço de resposta que ainda
não está completo, mas cujo trabalho está a ser feito”, afirmou.
Refira-se que o Chega, a Iniciativa Liberal e o PAN não estiveram presentes nesta visita às obras do hospital modular.
No
sábado, Mónica Seidi considerou que a obra ficou concluída dentro do
prazo previsto, realçando a atenção que tem vindo a ser dada à segurança
dos doentes.
“Se consideram 72 horas um atraso, devo dizer que
ficaria muito feliz se todas as obras se atrasassem 72 horas. Como podem
ver, a estrutura está concluída. Contudo, por sugestão da direção
técnica, que alertou para o facto de que há circuitos que têm de ser
testados e que as equipas têm de ser reorganizadas para que os nossos
doentes não corram riscos, preferimos que o Serviço de Urgência abra no
dia 3 com todas estas questões testadas, de modo a reduzir qualquer
risco para os doentes”, explicou.