Açoriano Oriental
Presidente do parlamento dos Açores defende mais direitos sobre o mar

O presidente do parlamento dos Açores, Luís Garcia, defendeu um alargamento das competências da região na gestão do mar que circunda o arquipélago, lamentando que o Estado legisle nesta área, “sem o respeito devido pela autonomia”.

Presidente do parlamento dos Açores defende mais direitos sobre o mar

Autor: Lusa/AO Online

“Temos um mar imenso, que tantos cobiçam, mas temos também de ter mais direitos sobre ele, e sobretudo, mais competências na sua gestão, área em que o Estado tantas e tantas vezes legisla, sem o respeito devido pela autonomia regional”, acusou o deputado social-democrata, durante uma conferência sobre a economia azul, realizada na cidade da Horta.

No seu entender, é necessário que a região autónoma reforce e clarifique as suas competências em matéria de gestão do mar dos Açores, objetivo que, na sua opinião, só será alcançado através de uma “densificação” do conceito de gestão partilhada, que vigora na legislação nacional, cuja versão atual, diz Luís Garcia, “não serve os interesses dos Açores”.

“Para defender os interesses dos Açores, é preciso dar voz a quem aqui vive e desenvolve o seu trabalho”, advertiu o presidente do parlamento açoriano, que defende também uma aposta forte no conhecimento e na educação, como forma de potenciar a economia ligada às atividades marítimas.

A ilha do Faial foi o palco escolhido para a receber a quinta edição do ciclo de conferências “45 anos de Autonomia”, dedicada ao desafio da economia azul, organizado pela Assembleia Legislativa dos Açores, no âmbito das comemorações da autonomia regional.

João Gonçalves, pró-reitor da Universidade dos Açores, e diretor interino do IMAR – Instituto do Mar, também presente na conferência, defendeu, por seu turno, uma “ação articulada” entre a academia açoriana e a Escola do Mar dos Açores, como forma de captar mais jovens para a economia ligada ao mar.

 “Numa primeira fase vai ser preciso criar incentivos para estas profissões, que normalmente não são muito procuradas pelos jovens, sendo conveniente dar-lhes alguns atrativos, nem que seja na forma de estágios profissionais fora da região, para conhecerem outras realidades”, sugeriu o investigador 

Também Sandro Jorge, diretor executivo da Escola do Mar dos Açores, realçou a importância que as novas tecnologias têm atualmente, para aumentar o conhecimento sobre o mar que rodeia o arquipélago e sobre o impacto que o oceano tem, por exemplo, na regulação das condições atmosféricas.

 


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