Autor: Lusa/AO Online
A partir da próxima quinta-feira deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em lojas, transportes, escolas e outros espaços públicos fechados, a apresentação de passe sanitário para acesso a discotecas e grandes eventos e o teletrabalho.
Johnson reivindicou o sucesso da estratégia de evitar medidas mais rígidas aplicadas no resto do Reino Unido e o consequente impacto na economia, reiterando que o Governo "manteve Inglaterra aberta" durante o Natal e o Ano Novo.
"Este governo acertou nas decisões mais difíceis", disse.
No entanto, o isolamento de cinco dias para aqueles que testarem positivo à Covid-19 continuará a ser obrigatório.
O anúncio coincide com o alívio, na Escócia, de restrições a partir da segunda-feira, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos em espaços fechados e limite a ajuntamentos, embora mantendo obrigatório o teletrabalho.
Menos austeras do que no resto do Reino Unido, as medidas do chamado "Plano B” foram introduzidas em Inglaterra no início de dezembro para combater a onda de casos causada pela variante Ómicron, cuja alta infecciosidade suplantou a variante Delta, para assim ganhar tempo e administrar mais vacinas de reforço.
Atualmente, quase 64% da população britânica acima dos 12 anos já recebeu uma terceira dose, que as autoridades estimam fornecer cerca de 88% de proteção contra a hospitalização e ainda mais contra doença grave ou morte.
O diretor-geral de Saúde de Inglaterra, Chris Whitty, disse há duas semanas que a grande maioria, 90% dos infetados internados em cuidados intensivos, não recebeu o reforço e 60% não estão imunizados.
Vários
hospitais públicos declararam “incidentes críticos” no início de
janeiro devido à falta de funcionários por estarem em isolamento, o que
levou ao adiamento de operações menos urgentes, mas a situação tem vindo
a melhorar.